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Ciberataques exigem mais de sete meses para recuperação total

Um estudo recente da Fastly revelou uma discrepância significativa entre as expectativas e a realidade no que diz respeito à recuperação de incidentes de cibersegurança

20/11/2024

Ciberataques exigem mais de sete meses para recuperação total

Segundo o Global Security Research Reportlançado pela Fastly, os decisores de IT preveem, em média, 5,85 meses para retomar as operações após um incidente grave, mas a análise dos dados demonstrou que o período real é de 7,34 meses — uma diferença de 25%.

O estudo, que contou com a participação de 1800 decisores de IT, responsáveis pela cibersegurança em organizações da Europa, da América do Norte e do Sul, Ásia-Pacífico e Japão, revela ainda que em organizações que planeiam reduzir o investimento em cibersegurança, o cenário é ainda mais preocupante, com os tempos de recuperação a alcançar uma média de 8,14 meses e, em alguns casos, pode chegar a 10,88 meses.

A recuperação plena, conforme definida pela Fastly, inclui atividades como a implementação de medidas de segurança mais robustas (citado por 43% dos inquiridos), formação adicional para funcionários (41%), restauração a partir de backups (38%) e comunicação eficaz com as partes interessadas (34%). Já a análise forense, essencial para evitar futuros incidentes, foi mencionada por apenas 25%.

Por outro lado, o relatório destacou alguns avanços na postura de ciber-resiliência. Após o incidente da CrowdStrike em julho deste ano, 86% dos inquiridos indicaram mudanças nos seus processos de teste ou implementação de patches, enquanto 29% consideraram mudar de fornecedor de segurança. Além disso, quase metade (48%) das organizações afirmou estar a repensar o uso das suas ferramentas de cibersegurança, numa tentativa de maximizar a eficiência e minimizar riscos futuros.

De acordo com a Fastly, existe uma tendência crescente para a responsabilidade partilhada nas estratégias de cibersegurança. Um quinto dos inquiridos apontou a adoção de uma abordagem de engenharia de plataforma como prioridade, envolvendo equipas de desenvolvimento e engenharia em decisões cruciais.

“As empresas que integram medidas de segurança nos seus processos desde a conceção estão mais preparadas para lidar com ameaças emergentes”, afirmou Marshall Erwin, CISO da Fastly, reforçando que estratégias reativas não são suficientes num cenário em que os ataques se tornam cada vez mais sofisticados e persistentes.


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