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Sanção vai restringir comércio com empresas russas que terão trabalhado no desenvolvimento de campanhas de ataque junto do governo russo
22/07/2021
Na sequência de uma série de ciberataques (como o da Kaseya) e devido a alegadas ligações a serviços de espionagem, o Departamento de Comércio dos EUA colocou empresas de cibersegurança russas na sua lista negra de comércio. A decisão é uma mensagem de reprovação perante os ataques de organizações criminosas que, alegadamente, alvejam outras nações em prol da Rússia, como o REvil. Contudo, a Rússia condena e nega as alegações. Os norte-americanos restringiram o mercado a quatro organizações de IT e duas outras entidades devido a atividades “agressivas e prejudiciais”, como espionagem digital. A nova restrição significa que empresas norte-americanas só podem fazer vendas aos russos com uma licença, que raramente é aprovada. A Casa Branca garantiu ainda uma recompensa de dez milhões de dólares por informações relativas aos ciberataques a infraestruturas norte-americanas. Empresas russas já teriam sido sancionadas pelo Departamento do Tesouro dos EUA em abril, numa estratégia que visava empresas apoiantes dos serviços inteligentes russos. Na altura, a decisão foi tomada no seguimento do ataque à SolarWinds e em condenação das alegadas atividades colaborativas com hackers, a interferência com as eleições presidenciais ou o envenenamento do ativista Alexei Navalny, oponente de Putin. O Departamento de Comércio confirma que a AST, Neobit e Positive Technologies, cuja lista de clientes inclui o governo russo, fazem parte das sancionadas. Além das referidas, está também na blacklist a Pasit, depois de alegadamente ter apoiado o desenvolvimento de operações maliciosas do Foreign Intelligence Service da Rússia; a SVA, uma instituição governamental, e o Era military innovative technopolis, um centro de investigação gerido pelo Ministério da Defesa russo. |