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Ministério Público abre inquérito sobre documentos da NATO à venda na dark web

A Procuradoria-Geral da República anunciou que o Ministério Público abriu um inquérito ligado ao ciberataque contra o Estado-Maior-General das Forças Armadas, que revelou documentos classificados da NATO enviados a Portugal e colocados à venda na dark web

13/09/2022

Ministério Público abre inquérito sobre documentos da NATO à venda na dark web

A Procuradoria-Geral da República anunciou hoje que o Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) abriu um inquérito no seguimento do ciberataque ao Estado-Maior-General das Forças Armadas, no qual foram extraídos documentos secretos e confidenciais da NATO e colocados à venda na darkweb.

Foi revelado na semana passada que o governo português foi informado da situação pelos serviços de informação norte-americanos, através da embaixada em Lisboa, numa comunicação que terá sido direta ao primeiro-ministro, António Costa.

Segundo consta, na altura, o Ministério da Defesa Nacional afirmou estar a averiguar “todos os indícios de potencial quebra de segurança informática” e alegou “sensibilidade” daqueles processos para não se pronunciar sobre a noticiada exfiltração de documentos da NATO, avança a Lusa. Em comunicado, adiantou que as averiguações são conduzidas pelo Gabinete Nacional de Segurança, "com o qual o Ministério da Defesa Nacional e as Forças Armadas trabalham em estreita articulação".

Em declarações à IT Security, Hugo Nunes, responsável pela equipa de Threat Intelligence da S21sec em Portugal, comenta que “as melhores práticas de segurança transversais a qualquer organização devem ser seguidas nas organizações públicas, muito mais afincadamente quando estamos a falar de informações tão sensíveis”, assumindo que a falha “faz-nos crer que nem todos os protocolos de segurança estavam a ser seguidos e monitorizados”.

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