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Portugal é o país europeu mais disposto a partilhar dados

Relatório indica que para 22% dos inquiridos um dos principais fatores de motivação é a possibilidade de viajar para outros países

11/07/2021

Portugal é o país europeu mais disposto a partilhar dados
 

Um novo estudo da Kaspersky indica que entre nove países europeus, os portugueses são os que admitem estar mais disponíveis - 58% - para partilhar as suas informações de saúde, localização e contactos, no sentido de ajudar o país a dominar a pandemia. Além disso, a possibilidade de voltar a viajar para o estrangeiro é um fator que motiva quase um quarto dos inquiridos - 22% - a partilhar os seus dados de saúde, assim como assistir a eventos, como, por exemplo, concertos - 13% - ou visitar um bar ou um restaurante - 10%. 

A empresa pediu à Arlington Research para realizar o estudo, que obteve uma amostra representativa de cada país, através da participação de oito mil adultos de nove países europeus - Portugal, França, Alemanha, Espanha, Dinamarca, Itália, República Checa, Reino Unido e Hungria. O estudo foca-se nas preocupações em relação à privacidade dos dados pessoais, no pós-pandemia, e revelou que os consumidores portugueses são os mais dispostos a fornecer as suas informações para sair completamente da crise pandémica. 

Este cenário coincide com a abordagem geral dos países sobre a privacidade de dados, apesar de apenas 36% dos franceses estarem disponíveis para confiar informações pessoais ao Governo, em comparação com 40% dos espanhóis e 47% dos europeus em geral. "Desde o início da pandemia, os Governos em toda a Europa têm procurado formas de controlar a propagação do vírus para reabrir as suas economias, bem como os setores de hotelaria e turismo. No entanto, menos de metade dos europeus confia nos seus Governos quando se trata de partilhar informações pessoais", comenta David Emm, investigador principal de segurança da Kaspersky. 

Os portugueses estão igualmente preocupados com a proteção de dados e temem o paradeiro dos informações pessoais, no entanto, menos de metade acredita que realmente consegue controlar o número de organizações  que têm acesso aos seus dados pessoais. Emm conclui que “enquanto muitos consumidores europeus estariam dispostos a ceder os seus dados pessoais em troca de mais liberdades e de um regresso à normalidade, é importante que os Governos garantam que suas políticas de recolha e armazenamento de dados sejam fortes o suficiente para este tipo de informação sensível, a fim de construir confiança e superar a pandemia com segurança".

Os grupos etários mais jovens, que deverão ter sentido mais alterações na sua vida devido às restrições da pandemia, são os mais dispostos a partilhar os seus dados de saúde em troca de qualquer liberdade: Geração Z - 74,3%, Millennials - 73,5% e Geração X - 71,7%.


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