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Ransomware encerra parte da rede norte-americana de oleodutos

A Colonial Pipeline, um dos principais operadores de oleodutos nos Estados Unidos, teve de encerrar toda a sua rede – que fornece cerca de metade da costa leste dos EUA – depois de um ataque de ransomware

10/05/2021

Ransomware encerra parte da rede norte-americana de oleodutos

A principal operadora de oleodutos dos Estados Unidos, a Colonial Pipeline, fechou toda a sua rede, que é a fonte de fornecimento de quase metade do combustível da costa leste dos EUA, após um ataque cibernético na última sexta-feira (7 de maio), depois de ter sofrido um ataque de ransomware.

O incidente é um dos ataques de ransomware mais disruptivos já relatados e chamou à atenção para a vulnerabilidade da infraestrutura de energia dos Estados Unidos. Estima-se que um encerramento prolongado do oleoduto faria com que os preços nos postos de combustível subissem a pico, sendo um potencial golpe para os consumidores e para a economia norte-americana.

A Colonial Pipeline indicou que encerrou as suas operações depois do ataque. Em comunicado, a empresa explicou que está “a tomar medidas para entender e resolver o problema. Neste momento, o foco principal é a restauração segura e eficiente do serviço”.

De acordo com a Reuters, um ex-funcionário do governo norte-americano e duas fontes do setor indicaram que será um grupo criminosos profissional a estar por detrás do ataque. Os investigadores do governo dos EUA estão a olhar para um grupo apelidado de “DarkSide”, que é conhecido por implementar ransomware e extorquir as vítimas. A Colonial Pipeline está a trabalhar em conjunto com a empresa de cibersegurança FireEye para ajudar na investigação. Também o FBI está a investigar a situação. O porta-voz da Casa Branca explicou que o governo norte-americano está a trabalhar para ajudar a empresa a restaurar as suas operações e prevenir possíveis ruturas no fornecimento.

A Colonial Pipeline transporta 2,5 milhões de barris de gasolina por dia e outros combustíveis através de uma linha superior a 8.850 quilómetros de oleodutos. Esta rede liga a refinaria na Costa do Golfo ao leste e sul dos Estados Unidos. Simultaneamente, também fornece alguns dos principais aeroportos norte-americanos, incluindo o aeroporto de Atlanta, o mais movimento do mundo em número de passageiros.


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