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Multinacional petrolífera ENI e Agência de Energia Italiana foram os mais recentes alvos no país
06/09/2022
A Agência Nacional de Cibersegurança italiana deixou um alerta no início deste mês para o possível aumento de ciberataques à indústria energética e respetivas infraestruturas depois de terem sido detetados dois acessos indevidos em grandes empresas. Uma das recomendações da agência para as empresas é o aumento do nível de segurança das infraestruturas digitais dos operadores de energia de forma a atualizá-las constantemente sobre possíveis ameaças. O alerta surge depois da multinacional petrolífera italiana ENI ter confirmado à Bloomberg acessos indevidos à rede da empresa. A Agência de Energia Italiana, um organismo governamental responsável pelo funcionamento do mercado italiano de eletricidade, sofreu recentemente um acesso indevido aos servidores, deixando os trabalhadores sem acesso aos emails e a dados internos da empresa. Uma fonte ligada à Gestore dei Servizi Energetici SpA (GES) e citada pela Bloomberg revelou que algumas funções do mercado de energia e da responsabilidade da GES foram suspensas. O cibergrupo BlackCat será o responsável por detrás do ataque à empresa estatal. Também conhecidos por ALPHV, surgiram em novembro de 2021 e são responsáveis por lançar ataques a empresas nos EUA e na Europa. O grupo referiu que teria descarregado 700 GB de dados da entidade, incluindo informações sobre projetos, contratos e do departamento de contabilidade. De acordo com o último relatório do Censis sobre segurança cibernética, citado pelo Corriere Della Sera, 64,6% dos inquiridos, como cidadãos e empresas, foram alvo de emails enganosos para extorquir dados pessoais e confidenciais. A Agência da União Europeia para a Cibersegurança considerou Itália o país com maior risco de ameaças decorrentes de ransomware. |