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Red Team / Blue Team ou pentesting?

Há várias formas de testar as respostas das organizações aos riscos de cibersegurança, mas (muito) poucas são tão eficazes como os exercícios de Red Team / Blue Team

Por David Grave, Cybersecurity Director da Claranet Portugal . 02/02/2023

Red Team / Blue Team ou pentesting?

Mais do que os exercícios de monitorização ou as análises a vulnerabilidades específicas, os exercícios de Red Team / Blue Team são uma ferramenta cada vez mais popular e utilizada pelas organizações para testarem e melhorarem as suas defesas.

Por permitirem simular uma ameaça real e avaliar a capacidade da organização para lidar com ela, este tipo de exercícios garante um olhar mais transversal sobre os riscos e ajuda a melhorar a postura de cibersegurança.

Existe, no entanto, a tendência de muitas organizações contratarem testes de penetração – comummente designados por pentesting – na ideia de que são suficientes para conseguir ter uma visão completa dos riscos de cibersegurança. Nada mais distante da realidade.

A verdade é que a realização dos testes de penetração pode ser fundamental para identificar vulnerabilidades específicas em sistemas específicos, mas são os exercícios Red Team / Blue Team que simulam com maior precisão uma ameaça real, perpetrada por um adversário real. Isto permite às organizações determinar o desempenho dos seus sistemas e das suas defesas em situações de ameaça reais, de forma a identificar vulnerabilidades que podem não ter sido detetadas pelos testes de penetração tradicionais.

Imaginemos uma organização que conduz um exercício de pentesting, durante o qual é identificada uma vulnerabilidade específica num sistema. Essa organização irá naturalmente corrigir a vulnerabilidade encontrada e, à partida, assumir que o sistema ficou seguro. Contudo, num exercício de Red Team / Blue Team, a Red Team poderá encontrar uma forma de explorar outra vulnerabilidade que a organização não tinha considerado. Isto permitiria à empresa identificar e corrigir esta vulnerabilidade adicional, tornando o sistema ainda mais seguro do que se tivesse apenas conduzido um pentesting tradicional.

Dos colaboradores à informação

Também o treino dos colaboradores é mais eficaz quando aplicados os exercícios Red Team/Blue Team. Ao participar nestes exercícios, os membros da Blue Team podem aprender a detetar e prevenir ataques simulados, para que estejam mais bem preparados para lidar com ameaças do mundo real. Além disso, estes exercícios podem ser uma grande oportunidade para as organizações testarem novas ferramentas e técnicas de cibersegurança, bem antes de as implementarem em produção.

Existem ainda outras vantagens associadas aos exercícios de Blue Team / Red Team, em concreto, na contribuição para minimizar os riscos de segurança da informação.

Uma das formas de o alcançar é através da melhoria da comunicação e da colaboração entre os membros da equipa de cibersegurança. Ao trabalharem juntos para identificar e prevenir ataques simulados, os membros da Blue Team podem melhorar a compreensão da forma como os seus pares pensam e comunicam, o que os ajuda em situações reais de ameaça. Além disso, ao trabalharem juntos para proteger os ativos da empresa, os membros da Blue Team conseguem desenvolver uma maior confiança e colaboração - algo crítico em situações de crise.

Em termos práticos, ao simular uma ameaça real e ao ser capaz de identificar e corrigir vulnerabilidades, os ativos da organização são protegidos de forma mais eficaz e os riscos de segurança da informação são minimizados, porque a organização pode testar e validar os seus planos de resposta a incidentes de segurança.

Os exercícios da Red Team/Blue Team são assim uma ferramenta valiosa para as organizações testarem e melhorarem as suas defesas e a sua postura de cibersegurança, apostando numa abordagem transversal – e mais completa - de todos os riscos.

Ao contrário de outro tipo de testes, que são mais localizados num sistema ou num perímetro, estes exercícios assentam num binómio ataque-defesa para identificar os riscos e ajudar a criar as proteções necessárias, num papel cada vez mais necessário face ao aumento dos ataques e da complexidade dos riscos de cibersegurança.

A aposta num provider de confiança, com elevado know-how e uma oferta de serviços de segurança complementares, são os requisitos finais para que as organizações garantam exercícios de Red Team/ Blue Team realmente eficientes, cujos níveis de proteção representem um verdadeiro valor-acrescentado para a continuidade das suas operações. 

 

 

Conteúdo co-produzido pela MediaNext e Claranet.


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