Analysis
O estudo da Mastercard sobre cibersegurança revela que quase metade dos pequenos e médios empresários portugueses não tem competências para se proteger de ciberataques
29/05/2025
79% dos empresários em Portugal admite precisar de formação sobre como proteger o seu negócio de um ciberataque, um número superior à média europeia (67%). As conclusões constam de um novo estudo da Mastercard, que contou com a participação de mais de 1.800 donos de pequenas e médias empresas na Europa, incluindo Portugal. Para 43% dos inquiridos portugueses, a possibilidade de serem alvos de um ciberataque é uma preocupação constante do dia-a-dia. Este aspeto acaba por ter repercussões na estratégia de crescimento das empresas, uma vez que 56% dos pequenos e médios empresários portugueses admitem que assumem uma posição cautelosa perante riscos de fraude ou burla online. 47% dos inquiridos refere nunca ter sido vítima de qualquer tipo de burla ou fraude online, um resultado que posiciona Portugal acima da média europeia, situada nos 42%. O estudo revela também que 30% dos empresários portugueses destacam o risco de fraude como a principal ameaça para os seus negócios. 24% admite mesmo que, em caso de ciberataque, a empresa poderia encerrar a sua atividade. Em alguns casos, os riscos já se fizeram sentir, nomeadamente 17% dos inquiridos referem ter sido diretamente visados por agentes mal-intencionados, 12% sofreram perdas financeiras devido a fraudes e 5% já foram alvo de um ciberataque. Quase metade dos empresários portugueses que participaram no estudo (49%) reconhece não ter competências para se proteger de ciberataques – a média europeia é de 47%. Entre os mercados com maior exposição reportada, Portugal posiciona-se no quarto lugar, equiparado com a Dinamarca. A Irlanda (52%), Itália (51%) e Espanha (49%) são os três países que registam percentagens mais elevadas de empresários expostos a burlas e fraudes online. Realidade europeiaO estudo revela que, a nível europeu, os membros da Geração Z são a maior preocupação, com 36% dos inquiridos desta geração a admitirem que pensam diariamente na possibilidade de sofrerem num ciberataque. A percentagem desce para 27% no caso da Geração Millenial e 25% dos Baby Boomers. Mais de metade dos inquiridos da Geração Z consideram que o receio de fraudes constitui um entrave significativo ao crescimento e à expansão dos seus negócios. “Com o aumento das fraudes online e das ciberameaças, os pequenos e médios empresários devem tomar medidas proativas para salvaguardar as suas operações”, aconselha Michele Centemero, vice-presidente executivo de Serviços da Mastercard para a Europa. |