Check Point volta a realizar evento em Tróia

Como é habitual todos os anos, a Check Point rumou até Tróia para dois dias de evento. Agora chamado de Check Point University, o evento procura trazer a experiência completa do CPX 2025 EMEA para os profissionais de cibersegurança em Portugal.

Rui Duro, Country Manager da Check Point em Portugal, partilhou que o evento – que começou em 2014 – conta com mais de 400 participantes inscritos. Esta é a nona edição e a Check Point “tem vindo a inovar e a tentar trazer uma melhor experiência para todos os participantes”.

Evgeny Kogan, Head of Strategic Consulting da Check Point, participou no evento e abordou o tema da arquitetura de mesh híbrida, a segurança avançada de rede na era da Inteligência Artificial (IA).

“Vivemos num mundo hiperconectado e a rede mesh é uma realidade”. Neste mundo hiperconectado, há componentes distribuídos em múltiplas localizações onde “todos têm de falar com todos”. Ao mesmo tempo, “é preciso protegê-los” e as organizações, tradicionalmente, escolhem as melhores tecnologias para cada ponto, seja o data center, a cloud pública ou o escritório principal.

No entanto, explica Kogan, as redes fragmentadas têm, habitualmente, um custo maior e os dashboards fragmentados levam a operações mais complexas, o que aumenta, também, o erro humano. Ao utilizar o melhor em cada categoria existe uma falta de visibilidade no ecossistema de cibersegurança e uma partilha limitada de inteligência de ameaças. Por fim, diz Kogan, há um maior mean time do detect e mean time to response.

Utilizar SASE como um único hub de segurança traz outros desafios de segurança, explica, acrescentando que “não é eficiente o suficiente” sozinha: falta um caminho direto de segurança e conectividade, latência e custos elevados, dependência de terceiros e controlos de segurança redundantes.

O caminho para a arquitetura mesh híbrida

Reconhecendo a complexidade dos ambientes empresariais atuais, a Gartner publicou o “Market Guide for Hybrid Mesh Firewall Platforms”, como um modelo arquitetónico moderno para abordar as limitações da segurança fragmentada e centrada no perímetro. Este modelo alinha a proteção da rede com a forma como as aplicações, os dados e os utilizadores operam em ambientes de cloud híbrida, local, remoto e móvel.

Uma firewall de mesh híbrida fornece controlo centralizado de políticas e aplicação distribuída numa variedade de tipos de implementação, com recursos agrupados em categorias existentes, principais e opcionais. Juntos, estes recursos permitem uma abordagem unificada para gerir riscos num mundo hiperconectado.

Evgeny Kogan referiu que a arquitetura mesh híbrida tem três pontos importantes: a motivação, o negócio e a segurança. No caso da motivação, a arquitetura mesh híbrida está alinhada com os standards da indústria e as tendências de mercado, alavanca novas tecnologias e IA e é a próxima geração de segurança de redes. No segundo ponto – os drivers de negócio – é possível otimizar a experiência do utilizador, simplificar a administração e reduzir os custos. Por último, a segurança em si, com esta abordagem é possível reduzir o risco de ataques baseados em identidade, reduzir os riscos de perda de dados, aumentar a utilização de threat intelligence e traçar o caminho para uma arquitetura zero-trust.

“Na Check Point acreditamos que vamos continuar a trabalhar esta abordagem nos próximos anos. Todos os componentes devem estar conectados entre si, fornecendo agilidade de negócio debaixo de uma arquitetura de segurança unificada e colaborativa e com um foco no SASE, no meio de toda esta arquitetura”, explica. A plataforma pode, também, ser integrada com outros fabricantes de cibersegurança.

O Check Point Infinity Hybrid Mesh Platform fornece políticas e dashboards unificadas para gestão da solução, aplica estas políticas a todas as componentes e, também, conta com inteligência artificial. Para a Check Point, a arquitetura de segurança de rede mesh deve ser unificada, segurança end-to-end entre todos os utilizadores, cloud e data centers, com uma aplicação consistente de políticas, prevenção de ameaças e visibilidade.