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Cibercrime poderá gerar despesas globais de 13,8 biliões de dólares até 2028

O cibercrime, que poderá registar perdas globais de 13,8 biliões de dólares até 2028, e a escassez de profissionais especializados em cibersegurança são desafios cada vez maiores para as empresas, alerta a BCG

04/02/2025

Cibercrime poderá gerar despesas globais de 13,8 biliões de dólares até 2028

A Boston Consulting Group (BCG) alertou para os riscos estratégicos associados ao cibercrime, que, segundo o estudo “Are Leaders as Prepared for Strategic Risks as They Think They Are?”, pode gerar despesas globais de 13,8 biliões de dólares até 2028. Este crescimento é refletido no aumento do custo médio de uma violação de dados, que subiu 15% em três anos, atingindo 4,5 milhões de dólares em 2023.

Com o objetivo de avaliar as capacidades das suas empresas em termos de gestão de riscos estratégicos e resiliência, a BCG entrevistou 200 executivos seniores a nível global que classificam o cibercrime e as perturbações tecnológicas como os maiores riscos tanto a curto quanto a médio prazo.

Apesar de estarem mais expostas a esses riscos, 71% dos executivos afirmam estar confiantes na preparação das suas organizações para lidar com eles. No entanto, mais de metade dos inquiridos (53%) revela que enfrentaram crises significativas no último ano. Para a BCG, as empresas devem começar a ver o risco como uma oportunidade para fortalecer a sua resiliência, e não apenas como um desafio.

Pedro Pereira, Managing Director da BCG em Lisboa, sublinhou que num mundo digital cada vez mais vulnerável, as empresas devem antecipar os riscos para identificar as oportunidades que esses mesmos riscos podem criar. “A antecipação estratégica destes riscos permite uma compreensão mais profunda das potenciais oportunidades, aumentando a capacidade da organização para tomar decisões estratégicas, adaptar-se a diversos contextos disruptivos, agir proativamente de forma pioneira e ganhar vantagem competitiva face aos concorrentes”, afirmou.

Para melhorar a gestão estratégica do risco, a BCG propõe três ações chave. A primeira é mudar a mentalidade organizacional em relação ao risco e incentivar uma cultura que veja o risco como um desafio e uma oportunidade simultaneamente. A segunda é integrar as funções de estratégia e risco, através de equipas transversais para garantir uma abordagem dinâmica e integrada. Por fim, a terceira ação sugere uma melhoria na deteção, monitorização e relato de riscos que combina tecnologia e análise de dados para identificar tendências e antecipar disrupções.

Além disso, um estudo adicional da BCG, designado “Cybersecurity Has a Talent Shortage. Here’s How to Close the Gap”, revelou a escassez de profissionais de cibersegurança como um obstáculo crescente para as empresas. Com 2,8 milhões de postos de trabalho não preenchidos no setor, a escassez de talentos pode ser responsável por mais de metade dos incidentes graves de cibersegurança no futuro. Para enfrentar este desafio, as organizações devem reforçar a formação interna e atrair novos talentos especializados, especialmente em setores mais vulneráveis como os serviços financeiros e a tecnologia.


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