Inteligência artificial alavanca defesa de redes e proteção contra ciberameaças

Na sequência do primeiro dia do CPX 360, o evento anual da Check Point para clientes e parceiros, a Inteligência Artificial (IA) esteve em destaque, tanto nos novos produtos apresentados, como, especialmente, no seu potencial na defesa das redes e proteção contra ciberameaças. 

Foi neste contexto que Ofir Israel, VP em Threat Prevention da Check Point, subiu a palco com a apresentação “AI Cyber Wars: How AI Changes the World of Cyber Security”.

São do conhecimento comum os grandes avanços que os últimos anos refletiram na IA, mas o foco tem estado na IA generativa, cujo algoritmo permite reproduzir as solicitações do utilizador. Neste âmbito, o holofote recaiu sobre o ChatGPT e, ainda, sobre o DALL.E 2, ambos da OpenAI. 

Mas as ferramentas não são apenas utilizadas por indivíduos, e têm capacidade de potenciar vários aspetos das organizações, explica o especialista, em recursos humanos, vendas e produtos. Com os modelos de processamento de linguagem natural, a equipa de recursos humanos pode verificar vários CV, com chatbots baseados em IA as equipas de vendas podem negociar com milhões de clientes numa capacidade que o humano não conseguiria alcançar. 

Além disso, as organizações podem lançar plataformas mais consolidadas através da IA, como, por exemplo, a Quantum Cyber Security Platform, cujo lançamento foi anunciado pela Check Point durante o evento. Além disso, a IA permite automatizar o trabalho dos analistas. 

A IA generativa tem, contudo, servido também o lado negro da cibersegurança. “Temos visto avanços nas técnicas de exfiltração de dados usadas em ataques de ransomware”, potenciados pela IA.Com a IA, mesmo os atacantes com poucas skills, mas com motivação criminosa, podem alavancar os ataques. 

Ofir Israel conta que, nos laboratórios da Check Point, a IA está a alavancar projetos de geração de políticas de redes, estão a pesquisar formas de gerar de forma autónoma uma política zero trust. O segundo tópico de investigação é sobre alavancar os dados e expertise para criar permissões baseadas em identidade na cloud. O terceiro, é sobre prevenção, escala e precisão.