Threats
Dados da Check Point apontam o malware AgentTesla como a família de malware mais comum nos ciberataques realizados contra organizações portuguesas
19/05/2025
A Check Point divulgou o seu Índice Global de Ameaças relativo a abril de 2025, destacando a continuidade do malware FakeUpdates como o mais comum a nível mundial, afetando 6% das organizações, seguido de perto pelo Remcos e pelo AgentTesla. Durante o mês de abril, os investigadores da Check Point identificaram uma campanha de malware particularmente sofisticada, em múltiplas fases, que distribui variantes como AgentTesla, Remcos e Xloader (evolução do conhecido FormBook). O ataque tem início com um email de phishing disfarçado de confirmação de encomenda, que leva a vítima a abrir um ficheiro comprimido em 7-Zip. No interior encontra-se um ficheiro .JSE (JScript Encoded) que executa um script PowerShell codificado em Base64. Este, por sua vez, ativa um executável de segunda fase, desenvolvido em .NET ou AutoIt, que injeta o malware final em processos legítimos do Windows, como RegAsm.exe ou RegSvcs.exe — uma técnica que maximiza o disfarce e dificulta a deteção. Estes ataques refletem uma tendência crescente no cibercrime: a convergência entre malware comum e técnicas avançadas, frequentemente associadas a grupos com ligações a Estados. Ferramentas acessíveis e amplamente comercializadas, como AgentTesla ou Remcos, estão agora a ser utilizadas em cadeias de infeção altamente sofisticadas, indistinguíveis das que costumam ser associadas a espionagem ou sabotagem política. Em Portugal, a liderança do passado mês de abril voltou a pertencer ao AgentTesla, que representou um total de 15,30% das ameaças registadas a nível nacional, sendo seguido pelo FakeUpdates com 7,08% e o Remcos com 5,94% de todas as ameaças registadas. O setor mais afetado continua a ser o da Educação/Investigação. Em comunicado, Lotem Finkelstein, Diretor de Threat Intelligence da Check Point Software, referiu que “esta nova campanha é um exemplo claro da crescente complexidade das ameaças cibernéticas. Os atacantes estão a combinar scripts codificados, processos legítimos e cadeias de execução obscuras para permanecerem invisíveis. O que antes era considerado malware de baixo nível está agora a ser transformado em arma em operações avançadas. As organizações precisam urgentemente de adotar uma abordagem preventiva, que integre inteligência de ameaças em tempo real, inteligência artificial e análise comportamental”. Principais famílias de malware a nível mundial
Principais Famílias Malware em Portugal
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Setores mais atacados a nível mundial
Principais indústrias atacadas em Portugal
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