Ciberataques voltam a subir em julho: ransomware cresce 28% a nível mundial

O volume e a sofisticação dos ciberataques continua a aumentar, com cada empresa a enfrentar uma média de 2011 ataques por semana em julho de 2025 — um aumento de 10% face ao ano anterior. O ransomware, por sua vez, cresceu 28%, consolidando-se como uma das formas mais destrutivas de cibercrime. Os dados constam do mais recente Índice Global de Ameaças da Check Point Software.

O panorama mostra que nenhum setor ou região está imune. A região da Ásia-Pacífico continua a liderar em número absoluto de ataques, mas foi a Europa que registou a maior subida anual, com um aumento de 15%.

Setorialmente, a Educação, as Telecomunicações e a Administração Pública continuam a ser os alvos preferenciais, registando milhares de incidentes semanais por organização. No entanto, foi o setor da Agricultura que apresentou o maior crescimento anual, com um aumento impressionante de 81% no número de ataques.

O ransomware mantém-se como uma das principais ameaças, com 518 incidentes reportados apenas em julho, mais 28% do que no ano anterior. A América do Norte concentrou mais de metade destes casos (52%), seguida pela Europa (25%).

Os setores mais afetados foram os de Bens de Consumo e Serviços, Construção e Engenharia e Serviços Empresariais, demonstrando a diversidade de alvos escolhidos pelos atacantes.

Entre os principais grupos ativos em julho, destacam-se o Qilin, responsável por 12% dos ataques reportados, é atualmente o grupo mais ativo, o Inc. Ransom (9%), com um foco particular nos setores da saúde e da educação, e o Akira (8%), conhecido por desenvolver variantes sofisticadas direcionadas a ambientes virtuais.

A análise destes grupos, conclui a Check Point, reforça a ideia de que o ransomware continua a evoluir em alcance e sofisticação, obrigando as organizações a investir em estratégias de defesa proativas, cada vez mais potenciadas por inteligência artificial.