Analysis

As oportunidades do cibercrime para o próximo ano

A Check Point lançou um novo relatório onde apresenta as suas previsões para o cibercrime durante o próximo ano de 2022

30/10/2021

As oportunidades do cibercrime para o próximo ano

A Check Point lançou as suas previsões de cibersegurança para 2022, evidenciando os principais desafios de segurança com que se vão deparar as organizações no ano que aí vem. Por um lado, os cibercriminosos continuarão a aproveitar-se do impacto da pandemia do COVID-19; por outro, surgirão novas oportunidades de ataque, com destaque para os deepfakes, as criptomoedas, as carteiras digitais e muito mais.

Eis os principais destaques do relatório global de previsões de cibersegurança para 2022:

  1. Regresso em força das fakes news e campanhas de desinformação: Em 2021, a desinformação teve como principais temas a pandemia da COVID-19 e a vacinação. Em 2022, os grupos cibernéticos continuarão a aproveitar-se campanhas noticiosas falsas para executar vários ataques de phishing;
  2. Ataques em cadeia continuarão a aumentar: Os ataques em cadeia tornar-se-ão mais comuns e os governos começarão a estabelecer regulamentos para lidar com estes ataques e proteger as redes, bem como colaborar com os sectores privados e outros países para identificar e visar os agentes de cibercrime a nível mundial;
  3. A ‘ciber guerra fria’ intensificar-se-á: Melhores infraestruturas e capacidades tecnológicas permitirão aos grupos terroristas e ativistas políticos promover as suas agendas e levar a cabo ataques mais sofisticados e com maior disseminação. Os ciberataques serão cada vez mais usados como meios para conduzir os chamados conflitos por procuração e, assim, destabilizar atividades a nível global;
  4. Fugas de dados em maior escala e com maior custo: O roubo de dados acontecerá com maior frequência e em maior escala, com uma recuperação cada vez mais dispendiosa para as organizações e governos. Em maio de 2021, assistimos a um recorde, no que respeita o pagamento de um resgate, com uma das maiores empresas de seguros dos EUA a pagar 40 milhões de dólares aos hackers. Em 2022, é esperado que as quantias exigidas pelos cibercriminosos aumentem;
  5. A criptomoeda ganhará popularidade entre os cibercriminosos: Quando o dinheiro se torna um mero software, a cibersegurança necessária para proteger os recursos de possíveis roubos e manipulações de bitcoins e altcoins altera-se drasticamente;
  6. O mobile é o grande alvo: À medida que as carteiras e plataformas de pagamento digitais são utilizadas com mais frequência, os cibercriminosos vão evoluir e adaptar as suas técnicas para explorar a crescente dependência dos dispositivos móveis;
  7. Os atacantes vão aproveitar-se das vulnerabilidades dos micros serviços: com a infraestrutura dos micro serviços a ser adotada pelos fornecedores de Cloud, os atacantes vão aproveitar-se das suas vulnerabilidades para lançar ataques em larga escala nestas plataformas;
  8. A tecnologia Deepfake será uma arma: As técnicas para realizar vídeos e áudios falsos já são avançadas o suficiente para se tornarem armas utilizadas para criar conteúdo que manipule opiniões, ações ou pior. Os agentes de cibercrime usarão técnicas de engenharia social para aceder a informações sensíveis;
  9. As ferramentas de invasão continuarão em crescimento: A nível global, em 2021, 1 em cada 61 organizações foram impactadas por ransomware por semana. Os agentes de cibercrime continuarão a visar empresas que sabem conseguir pagar pedidos de resgate, e os ataques de ransomware tornar-se-ão mais sofisticados. Por sua vez, os hackers usarão cada vez mais ferramentas de invasão para personalizar ataques em tempo real e aceder a redes pessoais e empresariais.

Em 2021, vimos os cibercriminosos adaptarem a sua estratégia de ataque para explorar certificados de vacinação, eleições e mudança em massa para o trabalho híbrido, visando cadeias de abastecimento e redes empresariais e, assim, obter a máxima disrupção”, afirma Maya Horowitz, VP Research at Check Point Software. “A sofisticação e escala dos ciberataques continuará a bater recordes e podemos esperar um grande aumento no número de ataques móveis e ransomware. Olhando em frente, as organizações devem manter-se conscientes dos riscos e garantir que contam já com as soluções certas para prevenir a maioria dos ataques, mesmo os mais avançados, sem quebrar o ritmo de negócio normal. Para se manterem um passo à frente das ameaças, as organizações devem ser proactivas, não deixando quaisquer superfícies de ataque sem supervisão ou monitorização. Caso contrário, correm sérios riscos de serem as próximas vítimas”.


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