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Burnout aumenta riscos de cibersegurança

O aumento do stress e esgotamento digital leva os colaboradores a descurar nas práticas de ciberhigiene, gerando riscos de cibersegurança para as organizações

23/10/2021

Burnout aumenta riscos de cibersegurança

Com a pandemia, entre a dificuldade de separar a vida laboral e pessoal e o esgotamento digital fruto do trabalho remoto, os níveis de stress dos trabalhadores tenderam a aumentar. Mesmo com a crescente consciência do burnout, espera-se que os colaboradores atuem de forma consistente e com o mesmo nível de entusiasmo e motivação diariamente, explica Margaret Cunningham, Principal Research Scientist, G2CI na Forcepoint, para a Dark Reading. Contudo, há naturalmente limitações a nível da capacidade de processamento de informação, da quantidade de coisas que se podem assimilar simultaneamente e, inclusivamente, limitações do tempo que há num dia, criando uma ‘tempestade perfeita’ para o stress.

A atual conjuntura aliada ao aumento das exigências pessoais e profissionais dos trabalhadores tem dificultado a recuperação e a recarga individual – num estudo recente a mais de três mil pessoas, 55% disse sentir-se em risco de burnout. Dessa forma, o desempenho em tarefas de menor prioridade é afetado, levando o burnout e a fadiga a afetarem a cibersegurança.

Várias dimensões de ciberhigiene requerem atenção aos detalhes, passos adicionais de login, senhas fortes e tempo adicional despendido, comportamentos tipicamente de baixa prioridade para os utilizadores finais. Adicionalmente, à medida que a energia e a motivação diminuem, os colaboradores encontram formas diferentes de reduzir o esforço e alcançar ao mesmo tempo os seus objetivos. 

Assim, o burnout obriga as pessoas a envolverem-se em soluções alternativas para reter energia e completar as suas tarefas diárias, pelo que estudos recentes revelam que 46% dos colaboradores utilizam Shadow IT para desempenhar mais facilmente tarefas de trabalho, afirma Margaret Cunningham.

“É inevitável que os trabalhadores enfrentem o burnout em algum momento das suas carreiras, e cabe às organizações reconhecer e mitigar os riscos resultantes”, explica Cunningham, e à medida que os colaboradores passam mais tempo envolvidos em tarefas digitais, os developers de software e especialistas em cibersegurança “devem fazer um esforço para entender como as pessoas interagem com a tecnologia, e como a arquitetura de processos e ferramentas de segurança suportam (ou impedem) tendências humanas naturais. Compreender o comportamento humano, não controlá-lo, é fundamental para construir sistemas de segurança resilientes que possam resistir à paisagem em constante mutação de novas tecnologias e ameaças”, conclui Margaret Cunningham.


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