Analysis

“Os CISO nem sempre são a força motriz para implementar programas de cibersegurança. Também vem dos CEO”

A BitSight está a aumentar a presença na Europa, com o fundador da empresa a se ter mudado recentemente para Portugal. Num evento em Lisboa para parceiros e clientes, Xavier Artiguebieille, VP Sales para a EMEA, partilhou a sua opinião sobre como o mercado está a avançar

21/10/2022

“Os CISO nem sempre são a força motriz para implementar programas de cibersegurança. Também vem dos CEO”

No final de setembro, a BitSight reuniu parceiros e clientes em Lisboa para um evento internacional com o objetivo de promover a importância das classificações de segurança na economia digital.

Entre os diferentes temas abordados no evento, os participantes puderam encontrar vários tópicos, nomeadamente a forma como a governação do ciber-risco pode ajudar as organizações a manter a sua propriedade intelectual segura, como fomentar a confiança em programas de gestão de risco de terceiros, como as empresas podem tomar melhores e mais rápidas decisões de cibersegurança, e como construir ciber-resiliência com capacidades avançadas.

Em entrevista com a IT Security, Xavier Artiguebieille, VP Sales para a EMEA da BitSight, acredita que o “mercado está a avançar no sentido de ter políticas de cibersegurança mais fortes”, até porque “cada vez mais pessoas compreendem o valor das classificações de segurança e a capacidade de quantificar o risco de cibersegurança e isto está agora a mudar para as salas dos conselhos de administração”.

Já não se trata apenas de uma questão de TI. Portanto, os CISO nem sempre são a força motriz para implementar programas de segurança cibernética mais fortes - também vem dos CEO”, clarifica. “Vemos cada vez mais empresas onde isto vem do topo porque querem compreender o cenário de ciber-exposição da sua empresa. E os ratings BitSight são uma boa maneira de ver a situação”, acrescenta.

Artiguebieille aconselha as empresas “a analisarem a sua postura de cibersegurança para compreenderem realmente a sua exposição e a utilizarem ferramentas como os ratings de segurança para determinar a melhor forma de mitigar e gerir o risco”.

Crescimento na Europa

Xavier Artiguebieille refere que a EMEA é “um mercado chave” para a empresa que representa entre 25% e 30% das receitas. “Este é o mercado de crescimento mais rápido para a BitSight”, explica. A empresa conta com mais de 200 pessoas na Europa, incluindo equipas de vendas e de engenharia.

Para os próximos anos, Artiguebieille prevê “um crescimento orgânico contínuo e estável”. Em 2022, a empresa prevê atingir “cerca de 40% de crescimento na Europa” e antevê que a taxa de crescimento no próximo ano seja a mesma.

Recentemente, Stephen Boyer, fundador da BitSight, mudou-se para Lisboa, algo que, diz Xavier Artiguebieille, é “um grande compromisso e um forte sinal de que a BitSight encara a EMEA como um mercado muito importante”.

Para a BitSight é importante ter alguém tão crítico como Stephen na Europa para recolher o feedback dos nossos clientes e assegurar que continuamos a ter em conta as especificidades e a perspetiva da EMEA ao expandir o negócio”, explica. “Penso que não se vê isso acontecer com demasiada frequência - as empresas norte-americanas estão tão dedicadas à EMEA que estão dispostas a deslocalizar o seu fundador para a Europa para supervisionar o crescimento na região. Isto torna-nos um pouco especiais”.

Para o futuro, a BitSight quer que a Europa seja “pelo menos tão grande como os EUA – se não maior – no que diz respeito a clientes e receitas”. A ambição, concretiza, é que nos próximos cinco anos a empresa cresça e “ter a Europa a representar mais de 50% das receitas”.


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