Viagens e teletrabalho desafiam segurança das organizações

Desde o início da pandemia, que com a virtualização dos escritórios as ciberameaças dispararam, quer direcionadas a utilizadores individuais, quer organizações. De ransomware a phishing e ataques em cadeia, com dupla e tripla extorsão, prevê-se que os números aumentem ainda mais durante o verão, devido à falta de cuidados de ciberhigiene. "Teletrabalho, mobilidade e falta de consciencialização em cibersegurança, são três pilares que podem sustentar falhas na segurança das empresas no verão", dizem os especialistas da Qualiteasy, citados pela It Digital Security.

Um em cada dois trabalhadores pensam em viajar e trabalhar simultaneamente nas próximas semanas. Com os atuais moldes de trabalho flexíveis, a tendência não levantaria desafios, não fosse 71,5% a percentagem de trabalhadores que não recebeu qualquer formação de cibersegurança. Com a utilização de redes desconhecidas, serviços cloud, conexões VPN e desktop remoto virtual (VDI), acesso remoto e ferramentas de colaboração das empresas, a possibilidade de sofrer um ataque aumenta.

Outro risco está no BYOD (bring your own device), uma prática empresarial na qual os trabalhadores podem utilizar os seus próprios dispositivos para trabalhar. Segundo o Relatório de Segurança BYOD 2021 da Bitglass, a tendência tem aumentado depois da pandemia, com 82% das empresas a dizer que permitem ativamente o BYOD. Contudo, “as empresas não estão cientes do risco de segurança que isso pode implicar", explica a Qualiteasy, sendo que uma simples falha pode levar ao acesso, divulgação ou perda de dados não autorizados, entre outros.

Desde o início da crise sanitária que novos desafios não param de surgir. A adaptação dos escritórios é constante e o período estival exige novas mudanças e preocupações. "O essencial é estar bem informado dos perigos que existem e, por outro lado, das soluções, a fim de tomar uma decisão e agir", conclui Eusebi Graners, presidente da Qualiteasy.