Zero trust pode ajudar a reduzir quase um terço das perdas económicas mundiais com ciberataques, revela estudo

Um relatório lançado pela Zscaler debruçou-se sobre o número de sinistros de seguro contra ciberincidentes que poderiam ter sido evitado caso fossem implementadas arquiteturas zero trust nas organizações afetadas.

Com base nos dados dos últimos oito anos do Marsh McLennan Cyber Risk Intelligence Center, as perdas cibernéticas gerais poderiam ter sido reduzidas até 31% ao ano, o que significaria numa diminuição projetada de 465 mil milhões de dólares nas perdas económicas totais anuais a nível mundial, caso fossem implementadas arquiteturas zero trust.

O relatório destaca a importância que a segurança de uma arquitetura zero trust confere à infraestrutura de IT das organizações ao limitar a capacidade de ação de possíveis agentes de ameaça, exigindo uma verificação contínua de cada utilizador que tenta aceder à organização.

Stephen Singh, Global Vice President, M&A/Divestiture and Cyber Risk da Zscaler, reforça que o relatório “ressalta a importância de reconhecer o zero trust como um controlo fundamental de cibersegurança que fortalece a ciberhigiene. Com a superfície de ataque externa identificada como um dos principais indicadores de potenciais violações, a adoção do zero trust e a eliminação gradual de tecnologias desatualizadas e de alto risco, como firewalls e VPN, mostram uma redução drástica da exposição ao risco”.

O relatório sublinha ainda o aumento dos ataques de ransomware – que num ano registaram um crescimento de 126% -, o que contribuiu para elevar a proporção de eventos que o zero trust poderia ter mitigado.

Noutra análise, as empresas com mais de mil milhões de dólares de receitas anuais foram as que mais beneficiaram da implementação desta arquitetura, com mais de metade dos ataques (60%) a serem considerados mitigáveis.

Os dados divulgados indicam ainda que a América do Norte tem sido, nos últimos oito anos, a região com maior número de ciberincidentes, com quase quatro vezes mais que a Europa. 

Ainda assim, e no total de episódios abrangidos pelo relatório, a percentagem de ciberataques que poderiam ter sido mitigados por uma arquitetura zero trust a nível mundial foi superior: 41% dos eventos avaliados no continente europeu eram potencialmente evitados através de zero trust, em comparação com 31% dos eventos na América do Norte.