ITS Conf
No palco das Technical Tracks, João Teixeira deixou algumas recomendações de como é possível caracterizar o risco inerente à utilização de inteligência artificial nas organizações
10/11/2025
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No arranque da sua intervenção no palco das Technical Tracks, João Teixeira, Cybersecurity Consultant da Balwurk, declarou que a Inteligência Artificial (IA) é uma realidade inadiável, sublinhando que as empresas que ainda não a integraram “não têm opção de escolha” se ambicionam manter-se competitivas. O Cybersecurity Consultant da Balwurk vê esta tecnologia como uma “ferramenta diferenciadora” crucial, quer para o setor público, quer para o privado. Contudo, a adoção acelerada da IA, impulsionada pela necessidade de competitividade, acarreta riscos. Estudos, apresentados pelo orador, demonstram que a principal razão para a adoção de IA pelas empresas é o aumento da produtividade e da eficiência. “Como é que nós conseguimos caracterizar e aferir o risco de adotarmos estas soluções?”, questionou, identificando os riscos mais críticos no ciberespaço: a fuga de informação sensível, a perda permanente de dados, e a tomada de decisão baseada em informação falsa. Para uma correta gestão do risco associado à IA, o orador considera essencial identificar, classificar e caracterizar as soluções de IA, medir o risco da sua aplicação, e considerar o contexto específico da empresa na sua utilização. Embora existam documentos de apoio à avaliação de risco, o processo em si “não é fácil, é complexo, e não nos dá uma fórmula clara de como conseguimos mensurar qualitativamente este risco e como é que conseguimos, depois, mitigá-lo”. Como resposta a esta dificuldade, a Balwurk desenvolveu uma framework pública destinada a auxiliar as empresas a caracterizar, quantificar e classificar as soluções de IA, mapeando o respetivo risco para a organização. Esta framework visa cumprir a missão da Balwurk de “promover um ciberespaço nacional mais seguro e resiliente”. |