Apple alerta para ameaças criadas por leis antitrust da UE

A Apple tem criticado ferozmente as propostas de antitrust da União Europeia, encabeçadas por Margrethe Vestager. Agora, a grande tecnológica aumentou as criticas aos projetos de lei que a obrigam a permitir que os utilizadores instalem software exterior à App Store, alegando que dessa forma podem aumentar os riscos de segurança, avança a Reuters. 

Contudo, o argumento foi rapidamente rejeitado pela Coalition for App Fairness – que inclui o Spotify, o Match Group e Epic Games –, garantindo que medidas de segurança incorporadas, como dados encriptados e programas de antivírus proporcionam segurança aos dispostivos, não à App Store. 

A coligação pretende que os reguladores retirem parte do controlo da Apple na App Store no sentido de poderem alcançar a audiência de utilizadores da Apple e evitar pagar comissões até 30% por compras na loja de aplicações. É de notar que as propostas de Vestager estão sujeitas a provação dos legisladores da UE  e dos Estados-membros antes de se tornarem lei, possivelmente em 2023.

Como resposta, a Apple elaborou uma análise - Building a Trusted Ecosystem for Millions of Apps - que critica a falta de segurança nas lojas dos concorrentes no Android, colocando os utilizadores em risco com o download de malware e aplicações suspeitas, citando os riscos de sideloading. “Se a Apple fosse forçada a apoiar o sideloading, mais aplicações maliciosas alcançariam os utilizadores porque seria mais fácil serem alvos de cibercriminosos – mesmo que o sideloading esteja apenas limitado a app stores de terceiros”, diz o relatório.