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Oficiais em Westminster suspeitam que a China está por detrás de um ataque que está a afetar um sistema de pagamento de terceiros usado pelo exército britânico
09/05/2024
Um porta-voz do Ministério da Defesa disse que o Secretário da Defesa britânico, Grant Shapps, irá fazer uma declaração ao parlamento sobre o ciberataque. A declaração não deve atribuir publicamente o ataque à China, mas irá alertar sobre os estados hostis que atacam organizações no país para ciberespionagem. Também será estabelecido um plano para apoiar e proteger o pessoal que possa ter sido afetado pelo ataque. Não é claro que tipo de informações foram comprometidas no incidente, que foi reportado, primeiramente, pela Sky News, nem se as suspeitas à China se baseiam em evidências técnicas ou simplesmente refletem as expectativas de políticos e oficiais. Um porta-voz do Ministério da Defesa contou à Record Future News que o incidente afetou um sistema de pagamento, em vez do sistema de pagamento de ordenados. Há relatórios que sugerem que o sistema, que é operado por uma empresa externa e que não faz parte das redes protegidas do Ministério da Defesa, continha nomes, detalhes de contas bancárias e, em alguns casos, moradas pessoais. A BBC News informou que o incidente foi descoberto nos últimos dias e ainda está a ser ativamente investigado. Até então, a investigação não encontrou evidências de que os cibercriminosos tenham removido dados do sistema, apesar de que o governo esteja a agir como se o tivessem feito, por precaução. O The Times reportou que cerca de 270 mil funcionários e veteranos foram afetados. Os individuais incluem regulares e reservistas, mas não membros das forças especiais. Tobias Ellwood, um deputado e ex-soldado, disse à Sky News que suspeitava de que o incidente fosse um ato de espionagem, com a China a tentar identificar, possivelmente, funcionários financeiramente vulneráveis que pudessem ser explorados por incentivos financeiros. Isto segue a acusação do governo britânico a cibercriminosos chineses afiliados ao estado chinês de realizarem atividades cibernéticas maliciosas direcionadas a instituições e indivíduos importantes para a democracia do Reino Unido. Pequim tem negado qualquer alegação de envolvimento em atividades cibernéticas maliciosas. Ao contrário do Reino Unido e dos Estados Unidos, onde os governos afirmaram as suas capacidades cibernéticas e publicaram informações detalhadas sobre como estão regulamentadas e implementadas, a China não reconhece as suas próprias capacidades cibernéticas. |