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Cibercriminosos ligados à Rússia suspeitos de invadir email do primeiro-ministro britânico

Um livro recentemente publicado alega que cibercriminosos associados ao Kremlin comprometeram a conta de email pessoal de Keir Starmer em 2022, quando era líder da oposição no Reino Unido

05/02/2025

Cibercriminosos ligados à Rússia suspeitos de invadir email do primeiro-ministro britânico

O livro “Get in”, que está a ser publicado em série pelo The Times, revela que o atual primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, foi alertado em 2022 sobre uma possível invasão à sua conta de email pessoal. O ataque terá sido conduzido por cibercriminosos associados ao governo russo, segundo o The Record.

A alegada intrusão à conta de Starmer forçou-o a alterar o endereço de email e a implementar a autenticação dois fatores, uma medida de segurança recomendada há anos pelo National Cyber Security Centre (NCSC). Segundo a publicação, os assessores seniores do atual primeiro-ministro britânico foram informados do ataque pelo NCSC.

Embora não haja evidências de que os emails tenham sido divulgados, as autoridades não conseguiram garantir se existiu ou não o comprometimento de informações sensíveis. O episódio insere-se num contexto mais amplo de ciberataques a figuras políticas britânicas, atribuídos ao grupo de ameaças Iron Frontier, também conhecido como Star Blizzard ou Seaborgium, que terá ligações aos serviços de inteligência russos.

 O governo britânico já tinha atribuído à Rússia a responsabilidade por uma campanha de ciberataques contra o país. No final de 2023, o embaixador russo no Reino Unido foi convocado para prestar esclarecimentos sobre as ações do grupo, descritas como uma tentativa sustentada, mas mal sucedida, de desestabilizar a democracia britânica. Paralelamente, o Departamento de Justiça dos EUA indiciou dois cidadãos russos, incluindo um oficial do FSB, por envolvimento nestas campanhas de ciberespionagem desde 2016.

Casos anteriores demonstram o impacto destas operações, como o ataque ao email de Sir Richard Dearlove, ex-chefe do MI6, cujos conteúdos privados foram divulgados online, e a infiltração no Institute for Statecraft, que levou à sua dissolução após a publicação de correspondência interna.


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