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IDC Security Summit: Ciber-resiliência é uma das prioridades das organizações

A IDC Portugal organizou o Security Summit 2025 para diminuir a diferença entre a tecnologia e a estratégia na era da inteligência artificial

03/04/2025

IDC Security Summit: Ciber-resiliência é uma das prioridades das organizações

O Centro de Congressos do Estoril recebeu o IDC Security Summit, um evento da IDC dedicado à cibersegurança, que teve como objetivo dar à liderança de cibersegurança a capacidade para diminuir a diferença entre tecnologia e estratégia na era da Inteligência Artificial (IA).

Mark Child, Associate Research Director, European Security da IDC, foi o primeiro a subir ao palco do evento e partilhou que a prioridade dos líderes são a ciber-resiliência e a recuperação. O cenário de ameaças, a questão geopolítica, as regulações e o compliance, o ciber-risco e a inovação são os cincos fatores que estão “no coração do problema” em cibersegurança, diz, e que estão a levar à evolução do papel do CISO.

Referindo-se aos temas geopolíticos, 60% das organizações em todo o mundo estão a ajustar a sua estratégia de cibersegurança devido às tensões geopolíticas. Este ajustar da estratégia tem lugar por um receio de disrupção de operações (45%), ciberespionagem e perda de informação sensível (27%) e danos reputacionais (12%).

61% das organizações da Europa ocidental referem, diz Mark Child, que “construir ciber-resiliência na infraestrutura e nos processos é a principal prioridade” e “definiram estratégias e objetivos, suportadas pela gestão sénior”.

Perceber o ciber-risco é importante para o risco da empresa, sublinha Mark Child, acrescentando que os CISO têm de perceber qual é o ciber-risco das organizações e passar à gestão de topo, perceber quais são os riscos que podem e devem ser endereçados e aqueles que, por alguma razão ou por outra, têm de ser deixados para trás.

Descobrimos que a gestão não está a lidar com a NIS2 como se calhar devia, mesmo com a possibilidade de serem responsabilizados”, afirma Mark Child. As organizações têm dificuldade em perceber se são ou não afetadas pela diretiva em concreto. Um dos desafios, no entanto, é a falta de orçamento para os investimentos tecnológicos necessários para a NIS2.

No que se refere à inteligência artificial, esta tecnologia está a dar mais poder aos adversários através do reconhecimento de comportamento e da rede, malware polimórfico para se evadir e tem levado a um aumento da automação de phishing e exploração de dados. Do lado de quem defende, a inteligência artificial está a ser utilizada para melhorar a deteção de ameaças e fornecer analítica preditiva, entre outros.

Pode parecer futurista, mas será IA contra IA. As organizações vão utilizar inteligência artificial para se defender e os atacantes vão usar IA para estragar os dados e se evadirem dos sistemas de deteção”, explica.


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