Operação internacional desmantela infraestrutura crítica da LockBit com quatro detenções

A operação, conduzida por França, Reino Unido e Espanha, com o apoio da Europol e Eurojust, resultou na detenção de um programador, de um administrador de serviços de hospedagem "Bulletproof" e de dois outros associados ao grupo de ransomware LockBit, bem como na apreensão de servidores críticos para a infraestrutura do grupo.

Nesta que foi a terceira fase da Operação Cronos, que visa desmantelar as atividades criminosas da LockBit, o Reino Unido e a Austrália aplicaram sanções financeiras contra um afiliado da LockBit, identificado como uma figura proeminente no grupo, que também tem fortes ligações com o grupo Evil Corp. O Reino Unido, em conjunto com os Estados Unidos, também sancionou outros 15 cidadãos russos pelo envolvimento com a Evil Corp, numa tentativa de enfraquecer as organizações criminosas digitais que atuam a nível internacional.

O LockBit, que operava num modelo de ransomware como serviço, foi responsável por uma grande quantidade de ataques a infraestruturas críticas, como serviços financeiros, saúde e transportes. Com mais de 6 milhões de vítimas globais, o grupo tem sido uma das maiores ameaças cibernéticas desde 2021. As autoridades continuam a investir em ferramentas de desencriptação, como o portal No More Ransom, para reduzir os danos causados por ataques desta natureza.

Com o apoio técnico de várias agências internacionais, a Europol concentrou-se na rastreabilidade de criptomoedas e na análise forense para identificar e localizar os membros do LockBit.