Site LockBit é reativado pela polícia com novas revelações

O site de extorsão do serviço de ransomware LockBit, que havia sido desativado no início do ano na sequência da infiltração das autoridades, foi reativado no domingo, com novas informações divulgadas pela polícia sobre os cibercriminosos envolvidos.

No início de 2024, a Agência Nacional do Crime (NCA) do Reino Unido anunciou que infiltrou a plataforma de ransomware-as-a-service, tendo “obtido acesso abrangente e sem precedentes aos sistemas do LockBit”, o que resultou no encerramento do site em fevereiro.

A plataforma era utilizada pelo grupo de cibercriminosos para publicar informações exfiltradas. Agora, sob a alçada da NCA, o site ressuscitado serviu para demonstrar a quantidade de informação que os investigadores conseguiram obter do backend do serviço.

A informação foi publicada sob a condição de que o conteúdo divulgado pela polícia não interferisse nas investigações em curso. O site ressurgiu com uma contagem decrescente para diversas revelações, incluindo alegações de que o LockBit não procedeu à eliminação dos dados das vítimas mesmo após ter recebido o pagamento de resgate. Os resultados destas investigações provavelmente continuarão a ser divulgados no site em breve. 

A semana inicial de revelações culminou com uma grande descoberta: “quem é LockbitSupp?”. Note-se que, após a operação de interrupção em fevereiro, o alegado líder do grupo, LockbitSupp, tinha afirmado que os investigadores haviam exagerado a profundidade do seu acesso à infraestrutura de backend do grupo de cibercriminosos.

A grande revelação final sugeria que as autoridades tinham finalmente descoberto a identidade do administrador do site. No entanto, a publicação das autoridades não forneceu um nome, revelando invés que o LockbitSupp terá mentido sobre viver nos Estados Unidos e na Holanda e indiciando que o líder do grupo residia, na verdade, na Rússia.

Além da divulgação da localização, já presumida por muitos, a polícia informou também, no seu post, que o LockbitSupp conduzia uma viatura Mercedes e alegou indiretamente que este se teria “envolvido com a aplicação da lei”.