Podcast
A importância de uma comunicação eficaz em contextos de cibercrise está em destaque no novo episódio do IT Security Watch, que conta com a participação de Elsa Lemos, especialista em comunicação de crise
28/05/2025
O décimo quinto episódio do IT Security Watch, podcast mensal sobre cibersegurança em Portugal, é dedicado à comunicação de crise – um tema crítico numa era de riscos digitais crescentes. A convidada é Elsa Lemos, especialista em comunicação de crise, que defende uma abordagem estratégica e preventiva. “A comunicação de crise tem três etapas: antes, durante e pós-crise (...). Porém há uma que eu considero imprescindível: o trabalho da antecipação e do planeamento, porque isto muda completamente o jogo”, sublinha a especialista. Mapear riscos, públicos e mensagens é essencial para um plano eficaz. Elsa Lemos alerta para a falta de definição clara do que é um incidente: “em Portugal existe muito uma tendência que é chamar incidente a tudo. Em gestão e comunicação de crise, temos uma outra nomenclatura: evento, incidente, emergência... e qualquer uma delas pode escalar para uma cibercrise”, explicou no podcast. A rapidez da resposta é igualmente crítica, uma vez que “o timing ideal depende do impacto da crise. Quanto mais grave for, é importante termos um curto espaço de resposta”, afirma. No entanto, reconhece que este é um dos aspetos mais difíceis de implementar nas organizações, sobretudo pela falta de conhecimento sobre técnicas adequadas. Um dos erros mais comuns é atrasar a comunicação após um ciberataque. Tal como a especialista exemplificou, um vídeo de um CEO lançado quase 30 dias depois foi considerado um erro grave, que teria tido impacto diferente se tivesse saído no primeiro dia. Por fim, Elsa Lemos deixa um apelo: “tragam a comunicação para o centro da estratégia de cibersegurança. [...] Quem comunica bem não esconde, não improvisa e não reage apenas — age com clareza e posiciona a sua organização para sobreviver à crise”. Todos os episódios do podcast e videocast estão disponíveis no site da IT Security, no YouTube e, também, no Spotify. |