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A cibersegurança tem se tornado uma preocupação central, à medida que mais setores e serviços se digitalizam.
Por Gonçalo Ferreira, Network Security Engineer, CSO . 05/06/2025
Com o aumento da complexidade e da sofisticação das ameaças cibernéticas, a União Europeia (UE) tem se esforçado para melhorar a proteção das suas infraestruturas digitais e garantir a continuidade dos serviços essenciais. Nesse contexto, a Diretiva NIS 2, que entrou em vigor em 2023, procura reforçar a segurança cibernética em toda a região. Hoje vamos explorar os principais aspetos da NIS 2 e a sua importância para as empresas e governos. O que é a NIS2?A NIS 2 (Network and Information Systems Directive 2), é uma atualização da primeira diretiva NIS, que foi adotada em 2016. A primeira versão visava melhorar a segurança das redes e sistemas de informação no setor público e privado, mas não conseguiu cobrir adequadamente as crescentes ameaças cibernéticas. Por isso, a Comissão Europeia decidiu rever e expandir essa legislação. A NIS 2 foi criada para estabelecer requisitos mais rigorosos e promover um nível mais elevado de segurança cibernética, abordando áreas como monitorização, gestão de riscos, cooperação entre países da UE e medidas para reduzir a exposição a ciberataques. O objetivo central é garantir que os sistemas e serviços essenciais, como saúde, transporte, energia e serviços financeiros, estejam protegidos contra incidentes cibernéticos que possam afetar gravemente a sociedade. Principais requisitos da NIS2A NIS 2, define uma série de obrigações e expectativas para os setores que operam em infraestruturas críticas e para os fornecedores de serviços digitais. Alguns dos principais pontos abordados pela diretiva incluem:
Impactos da NIS2 para as empresasA implementação da NIS 2 traz novos desafios e responsabilidades para as empresas. Organizações que operam em setores críticos precisam adotar uma postura mais rigorosa em relação à cibersegurança, implementando soluções mais avançadas para proteger suas infraestruturas. Além disso, devem garantir que os seus fornecedores e parceiros também cumpram com os requisitos de segurança da diretiva. Por outro lado, a NIS 2 oferece uma oportunidade para que as empresas se destaquem pela sua resiliência cibernética. A conformidade com as normas de segurança cibernética não só reduz o risco de ataques e incidentes, mas também melhora a confiança do cliente e pode fazer a diferença na escolha do produto. Empresas que investem em segurança cibernética demonstram compromisso com a proteção dos dados e com a continuidade dos serviços, o que pode resultar numa reputação mais forte no mercado. ConclusãoA NIS 2 é um passo importante na proteção das infraestruturas digitais da União Europeia. Com o aumento da interconectividade e a crescente sofisticação dos ciberataques, a segurança cibernética nunca foi tão crucial. Embora a implementação dos seus requisitos represente um desafio para muitas organizações, a diretiva visa criar um ambiente mais seguro e resiliente para todos. Numa última análise, a NIS 2 procura garantir que os serviços essenciais, a economia digital e a vida quotidiana da sociedade europeia não sejam prejudicados por ataques cibernéticos, criando um futuro mais seguro para todos os cidadãos e empresas da UE.
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