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C-Days 2025: “O que queremos proteger não é informação, mas sim a sociedade, o regime democrático”

O Centro de Congressos do Estoril voltou, uma vez mais, a receber o C-Days, a conferência organizada anualmente pelo Centro Nacional de Cibersegurança

24/06/2025

C-Days 2025: “O que queremos proteger não é informação, mas sim a sociedade, o regime democrático”

+Resiliência” é o mote da edição de 2025 do C-Days. A conferência organizada pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) volta a ter lugar no Centro de Congressos do Estoril depois de uma edição em Coimbra (2024) e outra no Porto (2023). A IT Security é Media Partner do C-Days 2025.

Na sessão de abertura, Lino Santos, Coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, deu as boas-vindas aos presentes e partilhou que 38% das empresas em Portugal tem uma maturidade alta ou muito alta em resiliência, “mas também significa que temos um elevado número de empresas que não tem essa maturidade”.

O volume de fraudes por meio digital continua a aumentar, assim como o ransomware. A inteligência artificial, diz Lino Santos, continua a crescer e é uma ameaça para as organizações e para os cidadãos. Também os computadores quânticos colocam em causa a atual cibersegurança das organizações e é preciso preparar essa realidade.

Todas estes fatores trazem desafios para as organizações. “Afirmamos que a cibersegurança não é a segurança da informação. O que queremos proteger não é informação, mas sim a sociedade, o regime democrático. A cibersegurança existe para tornar a sociedade mais resiliente”, afirma Lino Santos.

A transposição da NIS2, por exemplo, traz desafios, mas um conjunto de benefícios para as organizações e para empresas de várias dimensões. “Precisamos de garantir o princípio da proporcionalidade”, defende.

Precisamos de apostar – e isto é uma grande oportunidade – na simplificação by design. Não vamos trazer nada de novo para as grandes empresas e ao seu modus operandi, mas podemos reduzir custos de contexto para a nossa economia”, afirma.

Como desafios, há um claro aumento do número de organizações abrangidas pela NIS2 e é preciso “evitar a criação de uma regulamentação que tem como objetivo a conformidade”, mas sim criar empresas verdadeiramente mais seguras.

Criar uma maior resiliência é “transmitir confiança aos cidadãos, parceiros de negócios e aos investidores de que Portugal é um país ciber-seguro”, assim como ser “mais eficiente na alocação de recursos”.

Pedro Brandão, Pró-Reitor da Universidade do Porto, que, em conjunto com o CNCS, organiza este C-Days, também afirmou que “as infraestruturas digitais são cada vez maiores e mais complexas. A informação é cada vez mais valiosa e as ameaças são cada vez mais sofisticadas”, o que torna a cibersegurança num pilar essencial da sociedade.

A cibersegurança tem de ser um estado de espírito” e “encarado como um pilar reputacional”, refere Pedro Brandão. Com a presença no C-Days, a Universidade do Porto “procura conhecer as melhores práticas em cibersegurança”, mas também “partilhar aquilo que temos vindo a aprender”.

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