Analysis

Maioria das empresas não implementou soluções de segurança para o trabalho remoto

Um estudo da Check Point, junto a 1.200 profissionais, indica que as organizações não implementaram soluções de segurança que protejam devidamente as equipas de trabalho remoto

04/02/2022

Maioria das empresas não implementou soluções de segurança para o trabalho remoto

A Check Point lançou as conclusões do mais recente estudo sobre a segurança do trabalho remoto. Com a participação de mais 1.200 profissionais de segurança TI de todo o mundo, o estudo pretende examinar como a transição para o trabalho remoto tem alterado as práticas de segurança das organizações, dos utilizadores, dos dispositivos e das formas de acesso. Com as ameaças a aumentar em número e sofisticação, muitas organizações não têm conseguido acompanhar a evolução com soluções de segurança que assegurem a melhor conectividade e segurança para os trabalhadores remotos.

A pandemia da COVID-19 mudou a forma como trabalhamos, com a maioria das empresas a transitar todo o seu staff para o trabalho remoto. Embora uma maioria das organizações tenha adotado o trabalho remoto como um meio de vida, a segurança desta modalidade continua a ter falhas que precisam de ser colmatadas. As organizações têm como desafio encontrar o equilíbrio entre a produtividade do trabalho remoto e a segurança dos dispositivos, do acesso e dos ativos da organização. De acordo com as práticas recomendas pela Check Point Software, há cinco soluções de segurança críticas necessárias para proteger os utilizadores remotos contra ataques com base na internet: filtragem de URL, para evitar o acesso a sites maliciosos; reputação de URL, que avalia o risco de segurança dos endereços; Content Disarm & Reconstruction (CDR), tecnologia que remove código malicioso de ficheiros; uma solução contra ataques de phishing; e, proteção de credenciais. Contudo, apenas 9% das organizações analisadas usam estas 5 soluções e 11% não utiliza nenhum dos métodos acima mencionados para assegurar a segurança do acesso remoto.

A nível global, a Check Point destaca as seguintes conclusões:

  • Falhas na segurança de acesso remoto: 70% das organizações permitem acesso a aplicações da organização a partir de dispositivos pessoais, como dispositivos sem gestão central ou dispositivos BYOD (bring your own device). Apenas 5% dos inquiridos dizem utilizar todas as medidas de segurança recomendadas para o acesso remoto;
  • A necessidade por segurança no acesso à internet: 20% dos inquiridos afirmam não utilizar nenhum dos cinco métodos recomendados para proteger os utilizadores remotos enquanto navegam pela internet, e apenas 9% utilizam todos os cinco métodos de proteção contra ataques iniciados na internet;
  • A falta de proteção contra ransomware: 26% dos inquiridos não têm uma solução endpoint que consiga detetar e impedir automaticamente ataques de ransomware. 31% não utilizam qualquer um dos métodos acima mencionados para prevenir que a informação sensível da empresa saia do seu perímetro;
  • Segurança de E-mail e dispositivos móveis: Apenas 12% das organizações que permitem acesso às organizações através de dispositivos móveis utilizam uma solução de proteção móvel contra ameaças. Isto demonstra o quão expostas estão as organizações à rápida evolução dos ciberataques de quinta geração contra os trabalhadores remotos.

Apesar de muitas empresas terem abraçado novos formatos de trabalho, como o trabalho híbrido e/ou remoto, não estão a ser adotadas as soluções críticas necessárias para proteger as equipas remotas. Este estudo confirmou que muitas organizações têm falhas no que toca à segurança dos utilizadores, dos dispositivos e de acesso”, afirma, em comunicado, Itai Greenberg, Vice President of Product Management at Check Point Software Technologies. “Para tapar estas falhas, as organizações devem seguir para uma arquitetura de segurança SASE (Secure Acess Service Edge). Os modelos de segurança SASE oferecem acesso rápido e simples às aplicações das organizações, para qualquer utilizador e dispositivo, protegendo remotamente os trabalhadores de ataques que chegam pela Internet”.

De forma geral, em 2021, os investigadores dão conta de um aumento de 50% do número de ataques por semana contra redes empresariais. Em Portugal, o aumento foi de 81% em relação ao ano anterior. Como os ciberataques estão mais sofisticados e exploram cada vez mais o ambiente de trabalho remoto, as empresas precisam de soluções de cibersegurança consolidadas que fortaleçam as suas defesas e melhorem a agilidade contra estes ataques. A solução oferece às organizações proteção abrangente e robusta para toda a força de trabalho, ao consolidar 5 produtos de segurança que garantem proteção completa para os utilizadores remotos – tudo numa única solução que é fácil de usar, controlar e implementar


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