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Rui Duro, Country Manager da Check Point, na sua apresentação na IT Security Summit, destacou a importância de uma adoção segura da inteligência artificial generativa nas emrpesas, apresentando as soluções da empresa que combinam proteção avançada, apoio ao utilizador e controlo do uso de IA externa
02/06/2025
Numa era marcada pela evolução da inteligência artificial (IA) generativa, a Check Point apresentou as suas soluções para garantir uma adoção mais segura desta tecnologia nas empresas. A apresentação esteve a cargo de Rui Duro, Country Manager da Check Point, com o tema “Check Point Gen AI Security: Enable Safe Gen AI Adoption in Your Organization”. Ao longo dos 15 minutos de apresentação, Rui Duro destacou o papel crescente da inteligência artificial nos produtos da Check Point e a necessidade de acompanhar, com segurança, o ritmo de inovação: “É obvio que nós na Check Point temos muitos tópicos para abordar, mas decidi falar sobre IA generativa porque é um tema recorrente, atual”, afirmou. Atualmente, a empresa conta com mais de 95 motores integrados na sua plataforma de segurança, por entre os quais 55 recorrem a inteligência artificial, sendo onze com tecnologia de deep learning. Esta plataforma é alimentada por dados oriundos de todos os seus produtos, o que permite, de acordo com Rui Duro, “ter um data lake extremamente rico, que alimenta os nossos motores e nos dá uma taxa de sucesso elevada na proteção”. Um dos exemplos apresentados pelo Country Manager foi o motor Zero Phishing, criado para combater ciberataques cada vez mais sofisticados. “É quase uma arrogância chamarmos-lhe ‘zero phishing’, tal tem sido o seu sucesso. Hoje, os ataques nem sempre têm links ou malware, são apenas texto. O nosso motor consegue perceber o contexto e prevenir estas situações”, explicou. Outro exemplo citado foi o motor Cronos, que analisa a oscilação de acessos a domínios para detetar padrões anómalos associados a ciberataques. Já o motor DocLinker está vocacionado para a deteção de ficheiros maliciosos através de emulação. Copilot da Check Point: um assistente interno de segurançaNa segunda fase da apresentação, Rui Duro revelou o Ecopilot, um assistente baseado em IA que ajuda os clientes da Check Point a gerir as suas soluções de segurança. “O Copilot permite-lhes fazer perguntas diretas, como ‘estou protegido contra este ataque?’ ou ‘como configurar uma VPN?’. Em certos casos, pode até realizar uma configuração por si”, acrescentou. Os riscos da IA generativa nas mãos dos utilizadoresRui Duro alertou para os riscos da utilização espontânea de motores de IA generativa por parte dos colaboradores das empresas, sublinhando que a facilidade de uso pode resultar em graves problemas de privacidade e conformidade. “Muitos utilizadores colocam informação sensível em motores de IA generativa. Dados sobre vendas, colaboradores ou fornecedores podem ser expostos inadvertidamente”, alertou. “E o que está no IA generativa, não sai mais da IA generativa”. Para enfrentar este desafio, a Check Point desenvolveu o Harmony Browser, um plugin para navegadores que permite monitorizar e controlar a interação com motores de IA generativa. “Damos visibilidade total às empresas. Conseguimos identificar quais os motores de IA generativa que estão a ser usados, que tipo de informação está a ser trocada, e bloquear prompting de dados confidenciais. Isto é essencial para aplicar políticas claras de uso”, explicou. Uma abordagem integrada à segurança de IA generativaA apresentação encerrou com um resumo das três frentes em que a Check Point atua: proteção por IA com mais de 50 engines, apoio ao utilizador através do Ecopilot, e controlo da utilização de motores externos de IA generativa. “A inteligência artificial veio para ficar. Na Check Point, não só usamos IA para proteger os nossos clientes, como também os ajudamos a proteger-se de uma utilização indevida da própria IA generativa”, concluiu. |