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83% dos profissionais de segurança de TI afirmam que o burnout causa violações de dados

O burnout e o stress das equipas de segurança de TI estão ativamente a agravar os riscos de violações de dados e os profissionais não se sentem apoiados pela liderança

22/09/2023

83% dos profissionais de segurança de TI afirmam que o burnout causa violações de dados

Um novo estudo da Devo Technology, empresa de análise de segurança cloud-native, analisa as ramificações do burnout no setor da cibersegurança e revela que, para a grande maioria dos profissionais de segurança de Tecnologias de Informação (TI), o stress é um fator que leva os trabalhadores a cometer erros que causam violações de dados.

Segundo previsões recentes, a falta de profissionais de cibersegurança é de 3,5 milhões. A investigação, realizada pela Wakefield Research em nome da Devo, refere que o burnout não é apenas um problema pessoal, que afeta o stress mental e físico das equipas com poucos recursos. O problema torna-se comercial ao afetar igualmente a postura de segurança das organizações e a sua capacidade de proteção dos seus dados, reputação e resultados financeiros. 

O estudo evidencia que o burnout na cibersegurança impulsiona o aumento de riscos no ciberespaço, que deverão ser abordados pelos CISOs e pelos líderes empresariais antes que resultem em rotatividade dispendiosa, danos financeiros decorrentes de multas regulatórias e na perda de confiança do cliente.

De acordo com a investigação da Deco, 83% dos profissionais de segurança de TI afirmam que eles próprios ou alguém do seu departamento já cometeu erros por causa do burnout que levou a uma violação de segurança, sendo que 85% preveem abandonar o seu cargo devido ao burnout e 24% abandonarão totalmente o setor de cibersegurança. A grande maioria (77%) dizem que os níveis de stress no trabalho estão a afetar de forma direta a capacidade de garantir a segurança dos dados dos seus clientes.

“Estas descobertas são um duro alerta para os líderes empresariais, mas também oferecem uma oportunidade para mudança”, afirma Marc van Zadelhoff, CEO da Devo. “Cuidar das equipas de segurança não é apenas uma ‘coisa boa’ para se fazer. É a coisa certa a fazer tanto para os indivíduos que trabalham na linha de frente quanto para o negócio em geral”.

Isto é potenciado, em parte, pela falta de apoio pela liderança que é sentida pelas equipas de segurança. Mais de metade dos entrevistados apontam que a fadiga de alerta aumentou a ansiedade e a depressão, mas consideram que o seu stress e burnout não são levados a sério. Em particular, 76% dos entrevistados defendem que a sua liderança em TI não duraria um dia inteiro a lidar com o número de alertas que as equipas gerem.

A vasta maioria (82%) dos profissionais de TI afirmam que lhes foi dito que o stress e o burnout são apenas uma parte normal da sua função. Ainda mais, 45% dos profissionais de TI sentem que os seus líderes não responderam de forma proativa ao burnout das equipas e gostariam que lhes fossem oferecidas formação, orientação e desenvolvimento adicionais. 

“O burnout é um problema persistente no mundo da cibersegurança e, infelizmente, muitos profissionais de segurança ouvem que é assim que as coisas são. Embora os CISOs lidem com os seus próprios fatores de stress, é imperativo que os líderes ouçam sempre e compreendam as necessidades das suas equipas”, refere Kayla Williams, CISO da Devo. “As organizações que fornecem proactivamente aos funcionários treino, soluções e recursos de saúde mental têm equipas de segurança mais saudáveis e felizes e estão mais seguras por causa disso”.


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