News

Mais países vão interferir nas eleições norte-americanas de 2024, diz o diretor do FBI

Haverá mais atores estrangeiros a tentar interferir nas próximas eleições norte-americanas, mas a defesa também será reforçada, avança o diretor do FBI

11/01/2024

Mais países vão interferir nas eleições norte-americanas de 2024, diz o diretor do FBI

De acordo com o diretor do FBI, Christopher Wray, as eleições de 2024 nos Estados Unidos serão marcadas pela interferência de mais países em operações de influência após observarem as ações anteriores da Rússia, da China e do Irão.

“O que temos visto desde 2018 é que temos visto mais atores estrangeiros, mais estados-nação quererem entrar no negócio de tentar interferir ou pelo menos influenciar as eleições. E vimos as técnicas evoluírem. Nesse sentido, cada ciclo eleitoral apresenta desafios maiores”, disse Wray na 10.ª Conferência Internacional sobre Cibersegurança, em Nova York.

No entanto, Wray adiantou que os Estados Unidos reforçaram as suas defesas, nomeadamente no que diz respeito às parcerias que ligam as agências federais, as autoridades eleitorais estaduais e a indústria privada.

“Todas essas parcerias são exponencialmente mais sofisticadas e eficazes do que eram em cada ciclo eleitoral anterior”, refere Wray. “Então estamos, nesse sentido, muito mais vigilantes do que estávamos nos ciclos anteriores. Portanto, as ameaças são mais desafiadoras, mas a defesa é melhor”.

Wray não revelou quais os são novos países que estão agora envolvidos nos esforços de interferência eleitoral. No entanto, afirmou que, nas últimas eleições, as tentativas disruptivas dos cibercriminosos do Irão foram rapidamente interrompidas e criticadas.

Não obstante os novos intervenientes, a China e a Rússia continuam a liderar os esforços de propagação de desinformação nos Estados Unidos e de realização de ciberataques contra a infraestrutura eleitoral, sublinha o diretor do FBI. Wray explica ainda que a mera tentativa de atacar a infraestrutura eleitoral é suficiente para causar o caos e diminuir a confiança nos resultados eleitorais.

“Os americanos podem e devem ter confiança no nosso sistema eleitoral. Nenhum dos esforços de interferência eleitoral que vimos ao longo dos ciclos em que [o general] Paul [Nakasone] e eu temos trabalhado juntos colocou em risco a integridade da contagem de votos de qualquer forma material”, frisa Wray.

“Então, nesse sentido, as pessoas podem ter confiança. Agora, a outra parte é a peça do caos. A capacidade de gerar o caos faz parte do manual em que alguns dos adversários estrangeiros se envolvem e há um potencial, se não estivermos todos coletivamente em guarda, de que o caos possa ocorrer em vários níveis”, acrescenta, defendendo que o povo americano tem de “se tornar um consumidor de informação mais atencioso e perspicaz”.

Além disto, em Nova York, Wray revelou que o FBI está a procurar formas de utilizar a Inteligência Artificial (IA) “de forma ética e responsável para ser mais eficaz na perseguição dos bandidos”, bem como a analisar o modo como os cibercriminosos podem recorrer a esta tecnologia para se tornarem mais perigosos e eficazes.


NOTÍCIAS RELACIONADAS

RECOMENDADO PELOS LEITORES

REVISTA DIGITAL

IT SECURITY Nº23 Abril 2025

IT SECURITY Nº23 Abril 2025

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.