Opinion

A revolução da cibersegurança já começou – e o setor da Energia lidera a mudança

Num cenário onde os ciberataques são cada vez mais frequentes, sofisticados e direcionados, a resposta a estes desafios exige mais do que a proteção tradicional: requer antecipação, aprendizagem contínua e evolução constante

Por Margarida Almeida e Sousa, Manager da Minsait em Portugal . 07/07/2025

A revolução da cibersegurança já começou – e o setor da Energia lidera a mudança

É neste contexto que os serviços avançados de Deteção e Resposta Gerida (MDR) representam uma verdadeira evolução face aos modelos tradicionais dos Centros de Operações de Segurança (SOC). A aposta passa por um modelo de defesa proactivo, que alia deteção eficaz, resposta rápida, inteligência artificial, automatização e uma visão de risco integrada – tudo numa abordagem orientada à resiliência organizacional.

Mas porquê é que isto importa para o setor da Energia? Este setor, pelas suas infraestruturas críticas e operações híbridas entre ambientes IT e OT, exige abordagens muito especializadas. A convergência entre SOCs IT e SOCs OT já é uma realidade, e os serviços MDR avançados permitem responder a incidentes tanto nos Datacenters como em ambientes industriais e de produção, onde a continuidade operacional é essencial.

A adaptação dos serviços MDR ao contexto energético tem várias vantagens, permitindo, por exemplo, a deteção quase em tempo real de comportamentos anómalos, quer em sistemas corporativos quer nos ativos do terreno. Paralelamente, permite também a integração com plataformas existentes, respeitando o ecossistema tecnológico do cliente, a otimização da análise de grandes volumes de dados operacionais e críticos ou a resposta automatizada a incidentes que afetam a cadeia de valor da energia.

Além disso, esta adaptação possibilita a apresentação de resultados que fazem a diferença. Porquê? Porque as organizações que recorrem a serviços MDR avançados conseguem reduzir drasticamente os falsos positivos, a celerar o tempo de deteção e resposta,  eliminar alertas de baixo valor e também  melhorar a fiabilidade e contexto dos eventos de segurança analisados.

São vantagens que se traduzem em maior capacidade de antecipação, gestão mais eficaz do risco, e uma atuação orientada à continuidade dos negócios.

Para sustentar esse impacto, é essencial que a solução se adapte à realidade de cada organização. À data de hoje, existem serviços MDR que respondem a esse nível de maturidade de cada cliente, com plataformas modulares, escaláveis e tecnologicamente neutras. Permite medir os principais indicadores de segurança num único ponto, integrar-se com as ferramentas já existentes e evoluir lado a lado com o cliente, passo a passo.

Num contexto em que a cibersegurança deixou de ser um esforço isolado e passou a estar interligada com todas as dimensões do negócio, essa capacidade de integração e adaptação torna-se ainda mais crítica.

Hoje, quem não estiver preparado para atuar de forma coordenada, automatizada e com visão de futuro será inevitavelmente vulnerável. Por isso, acredito que os serviços MDR representam uma nova geração de defesa ativa, e para empresas do setor energético, são já um pilar essencial para a proteção dos ativos, a resiliência operacional e a segurança do futuro.


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