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Aeroportos europeus vivem dias de caos após ciberataque que provocou perturbações significativas

A ENISA confirmou que um ciberataque causou interrupções nos sistemas de check-in da Collins Aerospace que paralisou sistemas de check-in em vários aeroportos europeus

22/09/2025

Aeroportos europeus vivem dias de caos após ciberataque que provocou perturbações significativas

Vários aeroportos europeus têm vindo a sofrer interrupções significativas nas suas operações desde sexta-feira à noite devido a um ciberataque a um fornecedor e software da área da aviação. Citada pela Reuters, a Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA) confirmou esta segunda-feira que um ciberataque afetou os sistemas de check-in e de bagagem despachada.

O software MUSE, fornecido pela Collins Aerospace, ficou indisponível, o que obrigou os aeroportos a recorrer a métodos manuais, filas prolongadas e sistemas de reserva alternativos, tendo provocado atrasos e vários cancelamentos de voos.

O aeroporto de Bruxelas, aparentemente o mais atingido, anunciou no segundo dia de incidentes o cancelamento de quase 140 voos programados, com 25 voos de saída cancelados no sábado e 50 do domingo. Berlim e Londres-Heathrow continuam a enfrentar atrasos, apesar de esforços para manter o maior número possível de partidas. Já Dublin registou impactos menores, sem cancelamentos em larga escala.

A Collins Aerospace confirmou que os seus sistemas MUSE sofreram uma “interrupção cibernética”, afetando aeroportos que dependem do software para emissão de cartões de embarque, etiquetagem de bagagem e despacho de voos.

A Comissão Europeia garantiu que os sistemas de controlo de tráfego aéreo e de segurança de voo não foram afetados pelo incidente. Não havendo, até ao momento, indicação de um ataque generalizado ou grave, a origem do incidente permanece sob investigação.

Em declarações à Sky News, Paul Charles, analista de viagens, afirmou ter ficado “surpreendido e chocado” com este ataque, por se tratar de “um ciberataque muito sofisticado, porque afetou várias companhias aéreas e aeroportos ao mesmo tempo – não apenas um aeroporto ou uma companhia aérea, mas o sistema central que permite às companhias aéreas fazer o check-in eficaz de muitos passageiros em diferentes balcões e aeroportos da Europa”, disse.


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