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A vulnerabilidade mais grave, com pontuação máxima, permite a execução remota de código e pode dar a atacantes controlo total sobre sistemas que monitorizam infraestruturas críticas
14/07/2025
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A Schneider Electric revelou a existência de seis vulnerabilidades críticas que afetam o seu software EcoStruxure IT Data Center Expert, uma plataforma de monitorização amplamente utilizada em infraestruturas críticas de data centers em todo o mundo. As falhas, presentes nas versões 8.3 e anteriores, colocam em risco a integridade e segurança das operações, podendo ser exploradas por cibercriminosos para obter acesso não autorizado e executar código remotamente. A vulnerabilidade mais grave foi catalogada como CVE-2025-50121 e recebeu a pontuação máxima de 10 na escala CVSS, indicando risco extremo. Esta falha permite a execução remota de código não autenticado através da injeção de comandos no sistema operativo, sendo explorável quando pastas especialmente manipuladas são criadas via interface web, desde que o protocolo HTTP esteja ativado — mesmo que venha desativado por defeito no sistema. Entre as restantes vulnerabilidades identificadas, destacam-se a CVE-2025-50122, entropia insuficiente na criação de palavras-passe, facilitando o comprometimento por força bruta; a CVE-2025-50123 – injeção de código através da manipulação de nomes de host, podendo comprometer o comportamento do sistema; a CVE-2025-50125 – vulnerabilidade a ataques de falsificação de pedidos do lado do servidor (SSRF), permitindo acesso indevido a recursos internos da rede. Estas descobertas resultaram de um inquérito de segurança extensivo conduzido por investigadores da empresa de cibersegurança KoreLogic, em colaboração com a própria Schneider Electric. Em resposta, a empresa publicou documentação técnica detalhada explicando os vetores de ataque, os impactos esperados e as medidas corretivas recomendadas. A plataforma EcoStruxure IT Data Center Expert é utilizada como solução de monitorização escalável para ambientes industriais e de missão crítica, tornando estas vulnerabilidades particularmente preocupantes para setores como energia, telecomunicações, saúde e transportes. |