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Empresas europeias sofrem com aumento de 13% de ataques ransomware no último ano

De acordo com o relatório da CrowdStrike, os grupos de ransomware Akira e LockBit lideram a lista de grupos mais bem-sucedidos nos ataques de ransomware na Europa

04/11/2025

Empresas europeias sofrem com aumento de 13% de ataques ransomware no último ano

Um novo relatório da CrowdStrike, o “2025 European Threat Landscpae Report”, revela que as empresas europeias sofreram um aumento de 13% nos ataques de ransomware ao longo do último ano. A análise de threat intelligence e threat hunting data indica que a Europa é a segunda região mais atacada a nível global a seguir à América do Norte.

Uma análise realizada entre setembro de 2024 e agosto de 2025 demonstrou um aumento anual de dois dígitos no número de vítimas na Europa, totalizando 1.380 casos. Os países mais afetados são o Reino Unido, Espanha, França, Itália e Alemanha. Os setores que mais sofreram com este tipo de ataque incluem a manufatura, os serviços profissionais, a tecnologia, a indústria e engenharia e o retalho.

Desde janeiro de 2024, mais de 2.100 vítimas foram identificadas em toda a Europa em sites de fuga de dados para extorsão, sendo que 92% dos casos envolveram a encriptação de ficheiros e roubo de dados.

O relatório destaca o Akira e o LockBit foram os principais grupos de ransomware e os mais bem-sucedidos no período analisado, seguidos pelo RansomHub, INC, Lynx e Sinobi.

A CrowdStrike explica que os ataques de “big-game hunting” (BGH), que atacam deliberadamente grandes empresas, representam uma ameaça constante, impulsionada por questões geopolíticas e pelo facto de a Europa ser a base para muitas empresas de grande valor. Os grupos russos são frequentemente os agressores e exploram a submissão das empresas europeias às exigências do RGPD como forma de pressão para pagamento de resgates.

A CrowdStrike observou 260 intermediários de acesso inicial a anunciar o acesso a mais de 1.400 organizações europeias. As táticas mais comuns destes grupos de BGH incluem a extração de credenciais de bases de dados de configuração de cópia de segurança/restauração; a encriptação de ficheiros ransomware fora do sistema visado; utilização de acesso a sistemas não geridos para roubar dados e implementar ransomware; e implementação de ransomware Linux na infraestrutura VWMware ESXi.

Além disso, o relatório destaca a crescente ameaça do vishing, popularizado pelo grupo Scattered Spider, que recorre a linguagem nativa para aumentar as taxas de sucesso; e o aumento das armadilhas de CAPTCHA, conhecidas como ataques “ClickFix”, que utilizam emails de phishing, publicidade maliciosa e manipulação dos motores de busca para distribuir malware.


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