FBI alerta para cibercriminosos que se fazem passar por investigadores de fraudes

O FBI emitiu um alerta de utilidade pública na última semana, advertindo os cidadãos norte-americanos para uma nova vaga de cibercriminosos que se fazem passar por investigadores de fraudes no setor da saúde, com o objetivo de roubar informações confidenciais.

Segundo a agência federal, os atacantes fazem-se passar por representantes de seguradoras de saúde legítimas ou membros das suas equipas de investigação, enviando e-mails e mensagens de texto fraudulentos para pressionar as vítimas a divulgar dados pessoais, médicos ou financeiros.

“Estas comunicações são cuidadosamente elaboradas para parecerem legítimas e visam induzir pacientes e profissionais de saúde a fornecer informações protegidas, registos médicos, dados bancários ou até reembolsos por supostos pagamentos indevidos”, alerta o FBI.

Para ajudar os cidadãos a protegerem-se, o FBI recomenda um conjunto de boas práticas, como evitar carregar em links ou abrir anexos de mensagens não solicitadas, não partilhar dados pessoais ou de saúde sem confirmar a identidade do remetente, contactar diretamente o plano de saúde em caso de dúvidas, utilizar palavras-passe fortes e únicas para cada conta e ativar a autenticação multifator sempre que possível.

Este alerta surge numa altura em que os números de burlas estão em escalada nos Estados Unidos. Em março, a Comissão Federal de Comércio (FTC) revelou que, em 2024, os americanos perderam 2,95 mil milhões de dólares com fraudes envolvendo impostores, o tipo de burla mais reportado. Registaram-se mais de 845 mil queixas, com uma média de perdas de 800 dólares por cada vítima afetada.

Em abril, o próprio FBI revelou que os cibercriminosos roubaram 16,6 mil milhões de dólares ao longo de 2024, o que representa um aumento de 33,3% em relação ao ano anterior.

Além dos cidadãos, as organizações de saúde também estão na mira dos cibercriminosos. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA alertou, também em abril, para ataques de engenharia social dirigidos aos help desks de IT, com o objetivo de comprometer sistemas e redirecionar transações bancárias em esquemas de Business Email Compromise (BEC).