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Spyware Pegasus: telemóveis de jornalistas e ativistas alvos de campanha de espionagem em massa

Lista de potenciais vítimas contém 50 mil números de telemóvel, não só de jornalistas e ativistas, como de advogados, chefes de Estado, líderes religiosos, entre outros

20/07/2021

Spyware Pegasus: telemóveis de jornalistas e ativistas alvos de campanha de espionagem em massa
 

Uma investigação de um consórcio de 17 órgãos de comunicação social e organizações internacionais, entre os quais o The Guardian, concluiu que o programa Pegasus - software de hacking do isralelita NSO Group - foi utilizado para vigiar 37 smartphones de jornalistas e ativistas de direitos humanos, avança o The Washington Post.

A ONG parisiense Forbidden Stories e a Amnistia Internacional revelaram uma lista com mais de 50 mil números de telemóvel de potenciais alvos da campanha de ataque do Pegasus, alegadamente selecionados por clientes da NSO, em nome de vários Estados, desde 2016. Em comunicado, a empresa afirma estar a considerar um processo judicial por difamação pelo que “as alegações são muito ultrajantes e distantes da realidade”.

A lista não é contém os dados pessoais de jornalistas – por exemplo, do Post, CNN, New York Times, Bloomberg News, Al Jazeera, entre outros - , advogados, ativistas, líderes religiosos, alguns chefes de Estado e de Governo, diplomatas e altos funcionários de serviços de inteligência, de cinquenta países.

O Pegasus tem por base um spyware que consegue extrair toda a informação pessoal do dispositivo e ativar o microfone para ouvir as conversas do utilizador. Calcula-se que os primeiros links tenham surgido em 2011, mas desde 2016 que se fala de que o programa está a ser usado para vigiar ativistas dos direitos humanos e não só.

Numa declaração enviada ao The Verge, um porta-voz da NSO negou as alegações, dizendo que o relatório está "cheio de suposições erradas e teorias não corroboradas que levantam sérias dúvidas sobre a credibilidade e os interesses das fontes" e que "depois de verificar as alegações, negamos firmemente as falsas afirmações feitas no relatório”, conclui. 


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