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As competências humanas dos profissionais de cibersegurança

A Experis identificou as cinco competências humanas que “um profissional de cibersegurança deve ter para responder aos desafios da função”

27/08/2022

As competências humanas dos profissionais de cibersegurança

O papel dos especialistas em cibersegurança é cada vez mais procurado pelas empresas, que procuram dar resposta à crescente ameaça de ciberataques, acentuada pela pandemia e pela progressiva digitalização dos modelos de negócio. Segundo o Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República, em 2021, foram recebidas 1160 denúncias de cibercrimes, um número que equivale ao dobro das registadas durante o período homólogo do ano anterior, e a tendência é continuar a aumentar.

Assim, esta é uma função que oferece elevadas perspetivas de crescimento e uma remuneração atrativa, mas que exige dos profissionais conhecimentos especializados, estado de alerta constante e atuação imediata. Para além desta componente técnica, também as soft skills destes profissionais são muito relevantes na hora de integrar uma empresa, especialmente num momento em que o mercado e a inovação tecnológica trazem novas exigências à sua atividade.

Com isto em mente, a Experis apresentou o que considera ser as cinco competências humanas que os profissionais de cibersegurança devem possuir, de forma a desenvolverem as suas carreiras com sucesso e trazerem valor para qualquer empresa.

  1. Capacidade de resolução de problemas – Esta competência está principalmente associada à procura ativa de soluções. A resolução de problemas, de forma criativa e sistemática, é essencial no papel destes profissionais, no sentido de prevenir ataques a redes e sistemas informáticos, detetar tentativas de intrusão, definir estratégias de proteção e, em última instância, assegurar a segurança cibernética das empresas em todas as suas dimensões. Assim, devem ter a capacidade de analisar riscos e ameaças, com o objetivo de encontrar a resposta mais eficiente, explorando o problema, as causas associadas e as soluções. Por tudo isto, um profissional que investigue as formas ideais de ultrapassar os desafios, demonstrando resiliência e motivação, irá destacar-se.
  2. Capacidade analítica e atenção ao detalhe – Para proteger a sua organização, o especialista em cibersegurança deve possuir a capacidade de analisar de forma lógica e crítica. Esta capacidade permite a estes profissionais desconstruir uma situação em várias partes, mais pequenas e mais fáceis de investigar, de forma a perceber a causa de cada acontecimento, e identificar métodos para mitigar os riscos. Além disto, estes profissionais devem ter atenção a todos os detalhes do seu trabalho, garantindo que as diversas dimensões da segurança online das organizações estão salvaguardadas e que não existem falhas no sistema.
  3. Trabalho em equipa – Para o exercício destas suas funções, é necessário o trabalho colaborativo entre os profissionais, bem como uma desenvolvida capacidade de comunicação, já que os projetos são frequentemente em conjunto com outros especialistas ou diferentes áreas da empresa, no sentido de procurar soluções para os riscos ou falhas detetadas. Assim, deve existir um esforço por parte dos profissionais de cibersegurança para cultivar relações entre os vários integrantes dos projetos nos quais trabalham. Por outro lado, a segurança online depende de todos os que trabalham na organização e que tenham acesso aos sistemas informáticos, o que significa que se estende além da equipa de cibersegurança. Desta forma, os especialistas na área devem ser capazes de colaborar com todos os departamentos da empresa, bem como comunicar eficazmente e educar os restantes colaboradores sobre as ameaças à segurança cibernética.
  4. Resiliência e adaptabilidade – Ao quotidiano de um profissional de cibersegurança estão intrínsecos constantes desafios, que envolvem numerosas ameaças cibernéticas e um intenso trabalho de análise. Assim, o ciberespecialista deve ser resiliente, não desistindo de decifrar os vários obstáculos que podem surgir, mesmo quando existe maior dificuldade. Além disto, dadas as constantes inovações tecnológicas, que têm como consequência novos possíveis cibercrimes, o especialista deve monitorizar em permanência as últimas tendências em termos de ameaças cibernéticas e ser capaz de adaptar e modificar as respostas desenhadas, à medida que surgem novos desafios.
  5. Capacidade de aprendizagem ao longo da vida – A cibersegurança é uma área em constante evolução. Por isso, é fundamental que o profissional de cibersegurança se mantenha a par das novidades tecnológicas, tanto do lado dos riscos como das soluções disponíveis, sendo fulcral que adote uma mentalidade de aprendizagem ao longo de toda a sua carreira. Esta capacidade irá permitir que o especialista consiga dar uma resposta mais rápida e eficaz às novas ameaças que surjam, através de novos métodos de trabalho e técnicas inovadoras. Para isto, além de acompanharem o mercado e as suas novas tendências, os profissionais podem optar por integrar programas especializados que permitam a consolidação de conhecimentos e a aprendizagem de novas ferramentas.

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