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C-Days 2022: “não foi só agora que Portugal começou a olhar para a cibersegurança”

Mário Filipe Campolargo, Secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, abriu o último dia da C-Days

Por Rui Damião . 09/06/2022

C-Days 2022: “não foi só agora que Portugal começou a olhar para a cibersegurança”

O último dia da C-Days 2022 começou com a abertura de Mário Filipe Campolargo, Secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, onde, no final da sua mensagem, foi assinado o Memorando de Entendimento relativo ao C-Academy, o programa do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) para requalificar dez mil profissionais em cibersegurança.

A digitalização não é um fim em si mesmo, mas sim um instrumento de desenvolvimento ao serviço de uma sociedade feita por pessoas e para pessoas. O digital pode seguramente contribuir para facilitar as relações humanas, pode até permitir que funcionemos em sociedade quando não podemos estar fisicamente juntos. Argumentaria que tem muitas vantagens para novas formas de interação social e novas formas de trabalho”, menciona o Secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa.

                                                                                                                                                                                    
                          

“A cibersegurança assume uma posição de relevo na vida das pessoas e diria que é crucial na atividade das organizações”

                        

Nos últimos tempos passamos a ouvir falar com mais frequência da cibersegurança. Passámos a sentir mais proximamente que o acesso aos serviços digitais que nos habituamos a utilizar em todas as tarefas do dia-a-dia não pode ser dado como absolutamente adquirido. Passámos a ter a noção de que as redes e os sistemas de informação que suportam o uso digital não são, de facto, à prova de tudo”, refere.

Este é um tempo em que a cibersegurança assume uma posição de relevo na vida das pessoas e diria que é crucial na atividade das organizações. Com a intensificação da utilização dos meios digitais, potencializado pela crise que vivemos – de COVID-19 – a vida instalou-se no ciberespaço. Ao instalar-se no ciberespaço, a superfície de ameaças aumentou consideravelmente. Os tempos que vivemos hoje reforçam a importância de debater a cibersegurança, a forma como influencia, mas também como é influenciada por outras dimensões do ecossistema da digitalização e por outras e muitas variadas áreas tecnológicas e do conhecimento”, acrescenta Mário Filipe Campolargo.

Hoje, no contexto comunicacional em que a cibersegurança aprece quase todos os dias, podemos passar a ter ouvido falar mais de cibersegurança, mas é importante que tenhamos uma consciência coletiva que, em Portugal, não foi só agora que começámos a olhar para a cibersegurança e a refletir sobre ela”, comenta o Secretário de Estado.

Mário Filipe Campolargo dá como exemplo o ano de 2015 – ano da primeira edição da C-Days – em que foi aprovada a primeira estratégia nacional de segurança do ciberespaço – que foi, entretanto, revista e renovada em 2019 – e que visa “contribuir para que Portugal seja um país próspero na utilização do ciberespaço e, em última análise, na transformação digital”.

“Portugal tem feito muito, mas é evidente que temos de continuar a fazer muito mais. Vamos fazê-lo utilizando os investimentos de 47 milhões de euros que inscrevemos no PRR para reforço do quadro geral de cibersegurança”

 

O trabalho do país em termos de cibersegurança, diz o Secretário de Estado, “tem tido consequências práticas muito evidentes. Uma dessas é o facto de o Índice Global de Cibersegurança, divulgado em 2021 pela União Internacional de Telecomunicações – um departamento das Nações Unidas – ter colocado Portugal a subir do 42.º lugar em 2018 para o 14.º lugar a nível mundial [em 2021], o que faz com que, a nível europeu, tivéssemos passado de 25.º para oitavo”.

Isto revela que Portugal tem feito muito, mas é evidente que temos de continuar a fazer muito mais”, acrescenta Mário Filipe Campolargo. “Vamos fazê-lo utilizando, por exemplo, os investimentos de 47 milhões de euros que inscrevemos no PRR para reforço do quadro geral de cibersegurança e que se destina, em particular, a dar resposta a algumas das principais questões nesta matéria”.

O Secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa revelou, ainda, que vai ser criada a C-Network, “uma rede de centros de competências instalada em múltiplas regiões do país – incluindo os Açores e a Madeira – e que disponibilizará apoio técnico e especializado, assim como aconselhamento de primeira linha para contribuir, assim, para o processo de transformação digital das empresas e das entidades que tiverem interessadas”.

A C-Days 2022 teve lugar no Centro de Congressos do Estoril entre os dias 7 e 9 de junho. “Apostar na Prevenção” foi o mote da conferência.

 

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