Organizações dão mais prioridade ao OT

A Fortinet divulgou os resultados do seu "2025 State of Operational Technology and Cybersecurity Report", destacando uma evolução significativa na forma como as organizações estão a gerir os riscos crescentes associados à convergência dos mundos de IT e de tecnologia operacional (OT).

A sétima edição do relatório revela que as empresas estão a elevar a cibersegurança OT ao mais alto nível da hierarquia organizacional. Mais de 50% das organizações agora atribuem a responsabilidade pela segurança OT a cargos executivos como o Chief Information Security Officer (CISO) ou o Chief Security Officer (CSO), um salto expressivo face aos 16% registados em 2022.

“As empresas estão a levar a segurança de OT mais a sério”, afirma Nirav Shah, Senior Vice President of Products and Solutions da Fortinet, em comunicado. “Estamos a assistir a uma diminuição no impacto das intrusões entre as organizações que priorizam a segurança de OT. É fundamental que todas as áreas, desde a administração às equipas operacionais, estejam comprometidas com a proteção dos sistemas críticos”.

O relatório sublinha também que a maturidade cibernética está a melhorar progressivamente. Organizações com melhores práticas em segmentação, visibilidade de ativos e higiene cibernética básica demonstram menor frequência e impacto de ataques, particularmente os menos sofisticados como o phishing.

Contudo, ameaças mais avançadas, como APT (ameaças persistentes avançadas) e malware direcionado a sistemas OT, continuam a ser um desafio significativo, sobretudo em ambientes menos preparados.

O estudo identifica ainda práticas eficazes que têm contribuído para a melhoria geral da segurança OT como a consolidação de fornecedores de cibersegurança; a integração das equipas OT nas operações de resposta a incidentes; a adoção de plataformas unificadas com inteligência artificial para deteção de ameaças; e a formação contínua para profissionais de IT e OT. Estas medidas estão associadas a melhorias operacionais e à redução de incidentes como o comprometimento de emails corporativos.

Baseado em respostas de mais de 550 profissionais de OT de diversos setores e países, o relatório enfatiza a urgência de uma abordagem coordenada, integrada e proativa para garantir a segurança de infraestruturas críticas num cenário digital cada vez mais interligado.