ITS Conf
Hugo Mestre subiu ao palco das Technical Tracks para falar daquilo que considera ser um dos maiores problemas na fronteira entre velocidade e ponderação na tomada de decisões com inteligência artificial
11/11/2025
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Num cenário em que a cibersegurança e a Inteligência Artificial (IA) se tornam centrais no quotidiano, Hugo Mestre, Executive Director & Head of Cyber Trust da Devoteam, no palco das Technical Tracks, afirmou que as ferramentas de IA “não são ferramentas simples, como estamos habituados, são ferramentas que pensam e que tomam decisões”. Para o Executive Director & Head of Cyber Trust da Devoteam, a capacidade de tomada de decisão é fulcral para a análise de risco “e é muito importante também na maneira como embutimos a IA nas nossas operações e construímos equipas mistas”. O orador detalhou a importância da existência de dois sistemas de processamento de ideias – natural e lógico – para a cibersegurança, uma vez que esta “vive da tensão entre a necessidade de velocidade e a necessidade de ponderação”. Hugo Mestre acredita que a IA intensifica ainda mais estas exigências na cibersegurança, e que “a IA é um aliado, mas tal como qualquer aliado, nós temos que o conhecer muito bem”. Para Hugo Mestre, a questão principal que define o sucesso ou a falha da integração de IA na cibersegurança é definir quem deve decidir: “isto é um dos pontos mais críticos e tem de ser desenhado, analisado e pensado”. Em seguida, o orador recomendou que as empresas desenvolvam uma arquitetura de tomada de decisão com funções claramente identificadas tanto para IA como para os humanos. No entanto, para alcançar a harmonia na tomada de decisão, é essencial cruzar estes dois caminhos, através da implementação de políticas, orquestração de agentes, mapeamento de táticas e proteção de dados e identidade. “O futuro da cibersegurança não é máquina contra máquina nem homem contra máquina; vai ser homem com máquina”, concluiu. |