News

NATO deve ser mais proativa na ciberdefesa

O aviso foi feito por Christian-Marc Lifländer na International Conference on Cyber Conflit (CyCon) na Estónia

05/06/2024

NATO deve ser mais proativa na ciberdefesa

O chefe da secção da política cibernética e híbrida da NATO, Christian-Marc Lifländer, avisou na sexta-feira que os aliados da organização devem autorizar as suas forças armadas a ser proativas no ciberespaço para assegurar que a aliança não seja afetada por qualquer ciberataque que possa acionar o envio de forças em caso de conflito.

O anúncio segue após o Conselho do Atlântico Norte ter manifestado a preocupação que os aliados têm com as intensificações das campanhas cibernéticas por parte da Rússia na área Euro-Atlântica, o que inclui territórios da Aliança e proximidades.

A abordagem proativa que Lifländer defende contrasta com a estratégia de resiliência – fazendo com que seja mais complicado para o adversário de comprometer os sistemas que são o seu alvo e para recuperar com o mínimo de danos se um corrompimento acontecer.

 “Vou ser muito sincero, quando vejo o que está a acontecer, muitas vezes não são as ameaças de dia zero que os cibercriminosos estão a usar para conseguirem o que querem. O básico precisa de ser feito, por isso a resiliência é importante. No entanto, quando falamos numa perspetiva de longo-prazo de moldar comportamentos, acho que é necessário acrescentar mais”, acrescentou Lifländer, argumentando, ainda, um elemento mais proativo na abordagem da aliança a estes conflitos.

Michael Fischerkeller, researcher do Institute for Defense Analyses, em conjunto com a estrategista Emily Goldman do U.S Cyber Command, lançaram um livro em 2022 que avisou para o risco que o Ocidente tinha de poder enfrentar uma derrota estratégica no ciberespaço.

Os argumentos de Christian-Marc Lifländer sugerem que a existência de um ciberelemento proativo será essencial para o novo cibercentro da NATO na Bélgica. As negociações sobre o estabelecimento do centro ainda continuam, apenas a semanas da conferência em Washington onde é suposto ser feito o anúncio do centro.

Quando olho para comportamentos passado, exemplos antigos, a certa altura tivemos diferenças muita grande de opiniões sobre as capacidades cibernéticas ao ponto que eram capazes de serem duas verdades separadas. Tínhamos opiniões diferentes e demorou algum tempo a perceber isso, até que conseguimos alinhar-nos num conceito de efeitos cibernéticos fornecidos pelos aliados voluntariamente, o SCEPVA e as pessoas ficaram confortáveis com isso”, remata o responsável pela política cibernética.


NOTÍCIAS RELACIONADAS

RECOMENDADO PELOS LEITORES

REVISTA DIGITAL

IT SECURITY Nº19 Agosto 2024

IT SECURITY Nº19 Agosto 2024

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.