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Google encerra atividade de botnet Glupteba

A ação judicial inclui dois nomes russos e mais 15 alegados agentes criminosos da Glupteba, botnet alimentada por cerca de um milhão de dispositivos Windows

09/12/2021

Google encerra atividade de botnet Glupteba

A Google anunciou a tomada de medidas para desmantelar a botnet Glupteba e avançou com uma ação judicial contra os seus alegados operadores na Rússia, avança a SecurityWeek. A Glupteba é uma botnet alojada em cerca de um milhão de dispositivos Windows comprometidos globalmente. Após ter infetado um computador, o malware pode roubar as credenciais do utilizador e outros dados, pode utilizar o host para minar criptomoedas e transformar dispositivos comprometidos em proxies. O Glupteba existe desde 2014 e é distribuído principalmente através de redes pay-per-install e sistemas de distribuição de tráfego.

Nesse contexto, a Google e os seus parceiros tomaram medidas para perturbar a infraestrutura de comando e controlo (C&C) utilizada pela botnet Glupteba, o que inclui fornecedores de infraestruturas derrubarem os servidores e colocarem páginas de aviso nos domínios maliciosos, encerrando dezenas de milhões de Google Docs usados para distribuir o malware e milhares de contas da Google utilizadas pelos criminosos, alertando os utilizadores antes de descarregarem ficheiros maliciosos.

Na sequência das ações, a Google prevê que os operadores da botnet já não tenham controlo, o que poderá, contudo, ser temporário, uma vez que a Glupteba tem uma arquitetura sofisticada e depende da tecnologia blockchain como um mecanismo de reserva da C&C. "[A comunicação C&C] para esta botnet utiliza HTTPS para comunicar comandos e atualizações binárias entre os servidores de controlo e sistemas infetados", explicou a Google, citada pela SecurityWeek.

A empresa diz que o uso da tecnologia blockchain por cibercriminosos é cada vez mais comum e que “para aumentar a resiliência da infraestrutura, os operadores também implementaram um mecanismo de backup utilizando a blockchain Bitcoin. No caso de os principais servidores C2 não responderem, os sistemas infetados podem recuperar domínios de backup encriptados nas últimas transações a partir de endereços da wallet de bitcoin [específicos]".

Além de ações técnicas contra o malware, a Google avançou com uma ação judicial contra os seus alegados operadores, alegando uma série de violações. O processo menciona os russos Dmitry Starovikov e Alexander Filippov, que alegadamente lideram o grupo cibercriminoso, bem como outros 15 agentes anónimos.


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