Analysis
O recente relatório da Europol destaca as tendências criminais emergentes, antecipa desafios futuros e permite uma visão sobre como diferentes áreas podem evoluir e impactar a segurança
25/07/2024
A Europol publicou, esta semana, a décima edição da Avaliação da Ameaça da Criminalidade Organizada na Internet (IOCTA), onde aprofundou os principais desenvolvimentos, mudanças e ameaças emergentes no cibercrime durante o último ano. O relatório analisa tendências criminais, incluindo ataques cibernéticos, exploração sexual infantil e fraudes online. Também prevê futuros desafios relacionados a novas tecnologias, sistemas de pagamento, Inteligência Artificial (IA), criptomoedas e conteúdos ilícitos online, oferecendo uma visão sobre como essas áreas podem evoluir e impactar a segurança. As vítimas na União Europeia são exploradas diariamente devido ao cibercrime, com grupos de ransomware que se fragmentam e disfarçam-se, enquanto fraudes como phishing e extorsão sexual de menores estão em ascensão. As pequenas e médias empresas, comerciantes eletrónicos e instituições bancárias são alvos frequentes destes ataques. A IA está a ser utilizada por cibecriminosos, incluindo a criação de material de abuso sexual infantil, segundo a IOCTA 2024. O uso de criptomoedas para atividades criminosas, bem como a dark web, cresce e desafiam a aplicação da lei, que precisa de novas ferramentas, conhecimentos e legislação para se adaptar e combater eficazmente essas ameaças emergentes. A Europol enfrenta os desafios digitais com a Estratégia para a Segurança em Parceria, liderando a inovação na aplicação da lei e ao fornecer soluções de policiamento para questões como encriptação e criptomoedas. Neste sentido, a Europol amplia as ferramentas disponíveis para os agentes da lei na Europa e além disso, melhora as capacidades técnicas e forenses. O Centro Europeu da Cibercriminalidade (EC3) da Europol é o principal recurso para investigadores de cibercrime. |