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O governo australiano determinou que as entidades governamentais devem remover o software da Kaspersky dos seus sistemas até 1 de abril de 2025
26/02/2025
A Austrália tornou-se no mais recente país a proibir a instalação do software de segurança da empresa russa Kaspersky, alegando preocupações com a segurança nacional. “Após considerar a análise de ameaças e riscos, determinei que a utilização dos produtos e serviços web da Kaspersky Lab por entidades do governo australiano representa um risco de segurança inaceitável para o governo australiano, as suas redes e dados, decorrente de ameaças de interferência estrangeira, espionagem e sabotagem”, refere Stephanie Foster, secretária do Departamento de Assuntos Internos. Foster destacou ainda que as entidades são responsáveis pela gestão dos riscos decorrentes da recolha de dados dos utilizadores pela Kaspersky e da possível exposição desses dados a orientações extrajudiciais de um governo estrangeiro que entrem em conflito com a legislação australiana. De acordo com a nova diretiva emitida pelo governo australiano, as entidades governamentais estão proibidas de instalar produtos e serviços da Kaspersky em sistemas e dispositivos governamentais, devendo também remover todas as instâncias existentes até 1 de abril de 2025. Esta medida segue-se à dos Estados Unidos da América, que, no final de junho de 2024, proibiram a empresa russa de cibersegurança de vender o seu software e produtos no país ou de emitir atualizações para os clientes existentes. A Kaspersky saiu do mercado norte-americano em meados de julho de 2024. Em declarações à IT Security, a Kaspersky “manifesta-se desapontada. Acredita que a decisão deriva do atual clima geopolítico e não foi apoiada por qualquer avaliação técnica dos produtos. O facto desta medida ter sido emitida sem qualquer aviso ou oportunidade de compromisso, a fim de abordar as preocupações do Governo australiano, realça a sua natureza política. As alegações citadas nesta decisão não se baseiam em provas específicas nem em qualquer processo adequado que justifique tal medida. A Kaspersky lamenta as medidas que privam as organizações de uma proteção fiável de cibersegurança e afirma que o seu impacto final é a deterioração da ciber-resiliência global”. |